𝘌𝘚𝘛𝘙𝘌𝘓𝘈𝘚 𝘊𝘈𝘋𝘌𝘕𝘛𝘌𝘚 ┃ ❪ 🌟 ❫
━━━ Êwyn Drinnian é a protegida de Lord Drinnian o comandante dos grandes navios de Nárnia. Em uma de suas viagens por Nárnia ela acaba conhecendo Caspian e se tornam rapidamente amigos.
Envolvida em uma v...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
OSOL BRILHAVA DE especial acima do grande navio naquele fim de tarde, como se alvo importante estivesse prestes a acontecer. O céu tingido de um azul puro prendia a atenção de Êwyn, que esperava ansiosa para a chegada em terra firme.
As sedosas medeixas de seu cabelo preto brilhavam com a luz do Sol, assim como iluminava o seu rosto enquanto ela estava apoiada em uma das beiradas mais seguras do navio, já que os tripulantes passavam aos montes.
Os casais soltavam risinhos enquanto conversavam, entusiasmados com a viagem e a folga que estavam tendo com um tempo só para si. Ela invejava eles por mais que não quisesse, sabia que ali eram poucos os que eram realmente bons e que os relacionamentos não eram feitos de papel prestes a se desmanchar na primeira avalanche na adversidade – mas mesmo assim, ela não pôde evitar.
Era estranho não ter ninguém além de seu tio, e é claro, os companheiros de viagem fiel dele tanto para negócios quanto para lazer. Mas, em alguns momentos ela se pegava desejando ao céu apenas um refúgio que não fosse uma pessoa com quase setecentos anos, e sim alguém com semelhanças de si.
Êwyn lhes solta um sorriso ao perceber os olhares curiosos que eram lançados a si. Não era normal uma jovem moça estar sozinha por aquelas terras, e modéstia a parte, a sua beleza jogava ainda mais lenha a fogueira.
As ondas não estavam tão rebeldes nos últimos tempos, e ela agradecia por isso, o mar não estava revolto como a alguns anos em tempo de guerra. O mar antes límpido de um leve azulado ia se tornando cada vez mais claro perto da chegada ao destino de chegada do navio.
Ela sabia deduzir o tempo de chegada por pequenas mudanças no clima, no ar, e no céu. Essa era uma de suas habilidades que havia herdado de seus pais que também tiveram em sua vida um grande apreço pelo mar e por aventura, antes das ondas do mesmo mar tirarem sua vida.
Durante bons anos ela se acovardou e fugiu dos mares em estado de puro pânico traumatizada com os acontecimentos que dentro de si eram tão recentes e desesperadores. Mas com o passar do tempo ela compreendeu que seus pais não a gostariam de vez fazer aquilo, eles com certeza lhe dariam um sermão dizendo: "Uma aventura é uma aventura, e você nunca pode negar uma aventura", então ela tomou as rédeas da situação.
Conforme andava Êwyn aproveitava para olhar pela uma última vez cada detalhe do barco o qual passou bons meses em movimento. Era uma mania sua de qualquer forma explorar por uma última vez a embarcação antes de partir para uma nova aventura em um novo barco.
O corredor que levava aos quartos principais não eram de todo mal, o ambiente era antigo, rústico, com paredes frias e pouco iluminadas, mas ela achava bela a sua maneira.
Não era um navio muito luxuoso de qualquer maneira, o Lorde Drinnian nunca deixaria um navio mais caro de sua frota a mercê de meros mercadores que não tinham tantas posses consigo. Mas por causa dela apenas que ele tinha oferecido algo mais digno para evitar quaisquer acidentes, e ele não tinha vergonha ao negar tão coisa.
Conforme vagava, Êwyn puxava o ar profundamente se deliciando com a brisa fresca do mar que invadia todo o lugar.
A sua última viagem havia sido melhor que essa e isso era inegável, ela havia passado por novas terras conhecendo novas culturas, mas nessa ela mal pôde deixar o navio por motivos desconhecidos. Ela sentia falta de aventuras, já não tinha uma delas fazia tempos e isso era irritante.
Olhando ao redor ela não pôde deixar de sentir falta de Caspian. O seu amigo o qual ela havia facilmente abandonado quando uma proposta de viagem lhe foi oferecida.
Ela lamentava por isso, profundamente, mas não conseguiria ficar tanto tempo parada em um só lugar. Mas ali, sentindo o balanço do navio causado pelas fortes ondas do mar, ela desejou, por um momento, algo diferente.
A garota engoliu em seco quando os gritos do lado de fora, os chamados e avisos do capitão, ressoaram. Com leves passadas, ela se encaminhou para ir até a borda do navio, e, finalmente, voltar para onde o seu amigo estava.
Suspirou fundo, inalando o cheiro do mar, para só então sair do mesmo, parando em terra firme.
O seu coração saltitou em seu peito. Um sorriso calmo formou-se em seu rosto bronzeado pelo sol, ela se sentiu feliz.
