Aflição e um Pedido

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  O tempo estava nublado e tudo estava escuro, para piorar ainda estava chovendo. Stiles corria floresta a dentro. Não olhava para trás. Não sabia como tinha ido parar naquele fim de mundo, mas que deveria continuar correndo. Seu braço esquerdo doía muito e ele não sabia o porque.

  Sentiu alguma coisa agarrar sua mão e o puxar com tudo. Uma mão lhe tampou a boca e sentia que a outra pessoa o abraçava forte como se quisesse lhe conter os movimentos, mas o aperto não lhe causava nenhum tipo de dor. Era como se a pessoa não quisesse machucar seu braço.

  —Scott?! — Conseguiu falar depois que a mão foi retirada de sua boca.

  Ao olhar para o melhor amigo, viu que o mesmo estava sangrando, sua cabeça escorria sangue e seus braços cheios de arranhões. Stiles deduziu que aqueles arranhões fossem profundos, porque o líquido escorria com muita intensidade.

  — Meu deus! O que aconteceu contigo?! — Estava desesperado.

  — Não dá tempo pra explicar temos que continuar fugindo e rápido. — O moreno de queixo torto se ergueu enquanto ajudava o amigo.

  Scott ouviu algo se movimentar em meio aos arbustos que os rodeavam. Não pensou nem por um segundo e voltou a correr, arrastando consigo seu melhor amigo.

  — Scott! Por que estamos fugindo? — Não estava conseguindo entender nada. Como eles foram parar ali. E do que estavam fugindo. E por que tanto o Scott quando ele estavam sangrando. Eram muitas perguntas, mas resolveu voltar a correr.

  Um uivo foi ouvido em meio a floresta. Stiles estremeceu ao ouvir o som, era alto e grave, realmente o fez tremer, ao olhar para o lado viu que seu amigo estava com os olhos amarelados. Por que Scott tinha entrado em sua forma lobo? sendo que nem tinha tanto controle. Não estava entendendo mais nada.

  De repente se viu correndo sozinho, Scott não estava mais ao seu lado. Uma neblina densa se formou ao seu redor. A chuva tinha parado.

  — Scott! Cadê você? — gritava em meio a neblina, não conseguia ver muita coisa. Então com cuidado caminhava para não tropeçar em algum tronco.

  — Scott! — Gritou mais uma vez

  — Stiles. — uma voz em meio a neblina fez com que o castanho ficasse alerta.

  — Scott? É você que está aí? — Stiles se aproximava devagar do local em que a voz se tornava mais forte.

  Algo começou a ficar estranho, as vozes tinham parado, o silêncio reinou no local. Stiles estava nervoso, suas mãos estavam suando.

  O silêncio se quebrou quando um grito ecoou pela floresta. Stiles sentia sua alma sair de seu corpo, aquilo era horrendo, um grito grave, desesperado e animalesco. As vozes voltaram a aparecer e dessa vez elas vinham de todas as direções, por toda a floresta Stiles podia ouvir seu nome ser chamado. Aquilo era horrível, ele queria acabar com isso, mas não fazia ideia nem do que ou quem estaria fazendo aquilo.

  A neblina estava ficando mais fraca, podia ver agora com uma visão mais ampla do local em que estava. Não reconhecia aquela parte da floresta. Tremeu quando uma figura surgiu em meio a mata, mas ao reconhecer quem era seus ombros relaxaram.

  — Stiles, o que você está fazendo meu filho? Já está na hora de dormir ou vai se atrasar para a escola.— O xerife tinha uma lanterna em sua mão.

  Stiles pretendia dizer algo, mas uma coisa o impediu. Uma enorme sombra se formou atrás do seu pai. Seu coração disparou quando a criatura mostrou duas íris completamente vermelhas.

  — Pai cuidado! Tem alguma coisa atrás do senhor.— Tentou correr, mas suas pernas não o obedeciam.

  — Stiles, eu já falei para você ir dormir, não me faça mais repetir isso.— O xerife Stilinski mantinha um olhar atravessado ao seu filho.

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