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-Onde está o meu filho? -Pergunto ao cara que está do outro lado da linha
-Calma aí Sr. Beauchamp! -ele ironiza- O pirralho está bem, mas nãofoi pra isso que te ligamos!
-O que vocês querem? -Pergunto mas depois percebo que fiz a pergunta errada- ou melhor: Quanto vocês querem para devolverem meu filho?
-Direto você hein. Gostei! -ele diz ignorando minha pergunta
-Você não me respondeu! -digo aumentando o meu tom de voz
-Acho melhor você abaixar o tom de voz Sr. Beauchamp, Não esqueça de que estamos com o seu filho!
É impossível esquecer, babaca!
-Por favor me digam... quanto querem? -insisto
-Quinhentos mil! -Finalmente ele diz, espera, O QUÊ?!
-Quinhentos mil?! -pergunto incrédulo, é muito dinheiro!
-É isso ou nunca maisverá o moleque!
-Tudo bem, eu dou o dinheiro, só preciso de um tempo, não esse dinheiro todo em casa! -Digo
-Tudo bem, você tem um dia pra isso!
-Obrigado!
-E nada de polícia, ou seu filho já era! -ele ameaça
-Não vou envolver polícia nisso, podem ficar tranquilos!
-Ótimo! -ele pausa- amanhã, nesse mesmo horário, vamos te ligar, fica esperto!
-Espera! -peço antes que desligue- me deixe falar com o meu filho!
-Não!
-Por favor! Ele ainda é pequeno não deve estar entendo nada! Além de que a qualquer momento ele vai chamar pela mãe, então é melhor eu falar com ele antes que ele abra o berreiro e acabe estressando vocês! -Termino ofegante. Nunca falei tão rápido em toda a minha vida!
-Tudo bem, mas seja rápido! -ele avisa
-Certo! -respondo e depois de um silêncio que parecia ter durado por horas, ouço a voz do meu anjinho...
