Capítulo 3

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O pequeno alado de cor escura encarava o céu azulado, que se unia juntamente ao mar também de mesma cor e fazia pequenas ondas. Aquilo era novo, tudo novo, mas, ao mesmo tempo, familiar.

Onde estava a voz amorosa que estava escutando dentro de sua casca? Onde estava o calor que sentia em volta de si, quando sentia frio? Onde estavam todos, já que ele saiu sozinho e estava naquele momento... Sozinho.

O pequeno ser boceja e encara tudo com curiosidade, para onde ir? O que fazer? Para onde ir com seu andar desajeitado e ainda sem saber voar? Seria uma presa fácil até para um Terror Terrível. Tudo parecia confuso e nublado, sem entender o por quê estava sozinho e onde estariam seus pais e sua família, ou o que deveria ser seus irmãos e irmãs de seu bando. Ele não sabia o que fazer, realmente.

Apenas deito na na entrada da caverna com a cabeça encostada em suas pequenas patas, e esperou. 

Sozinho.



Não longe dali, um grande Escalderível estava caçando seus peixes em uma região costeira, de maneira calma já que aquela ilha não tinha nenhum dragão (e até onde ele sabia), além do mais, precisava voltar para sua casa e era o lugar mais perto que havia pra caçar.

- Não sei como aguenta comer esses peixes esquisitos, Esmeraldo - disse um Gronkel, pousando atrás do mesmo.

- Diz o comedor de pedras - disse o Esmeraldo, seu nome de dava por conta de sua coloração em cor de esmeralda e seus olhos também de mesma cor. - Como está, Pedregulho?

- Indo, sabe como é né - o dragão resmunga, sem muito interesse em como anda a vida, pois já sabiam a resposta: nada fácil. - Vamos sobrevivendo, os caçadores estão parecendo Terrores atrás de restos.

- Ouvi falar mesmo sobre isso, eles andam caçando muitos Fúrias da Noite - conclui, terminando de colocar seus peixes em uma única pilha - Eles sumiram.

- Devem estar no mundo escondido, podem ter descobrido o caminha para lá.

- Isso é uma velha lenda do mar, marujo.

- Não começa, espinha de peixe.

Ambos se encaram e acabam rindo, terminando de comer suas partes de alimento e guardando o restante para levar ao ninho, o lugar onde vivem.

Pedregulho começa a ir atrás de mais pedras para poder se alimentar, afinal, era uma dragão da classe rochosa. Esmeraldo estava apenas o acompanhando e guardando o restante dos peixes em sua boca expansiva, mas, conseguia se comunicar com o gronkel que estava ao seu lado que andava de um jeito desajeitada atrás de suas pedras.

São de raças diferentes, uma marítima e a outra rochosa pra ser mais exato, mas, se conheciam a um bom tempo. Viver no ninho requer que todas as espécies vivam em conjunto, não se matando (como alguns dragões que vivem em bandos isolados e fazem com outros de espécies diferentes, o que convenhamos: é comum em um reino animal). O sol naquele manhã estava forte, e logo o Escalderível teria que voltar para a água mas.. Havia um pequeno pontinho preto na areia.

- Então eu falei: pedra é doce, mas não é mole não e.. Esmeraldo? Acordar, grandão! - disse Pedregulho, vendo seu colega parado e olhando para frente.

Ao olhar para a mesma direção que o outro, percebeu o pontinho preto na areia que parecia estar dormindo. Não deu tempo do gronkel falar algo, pois logo viu seu amigo deixa-lo para trás e ir em direção ao ponto preto.

- Santo Thor na tempestade.. - o dragão marinho olhava assustado assustado, cutucando o pequeno animal com sua calda.

- Você fala isso?? Sabe que dragão é esse??? - Pedregulho olhava de um lado para o outro.

- Você queria que eu falasse o que? "Terrores me mordam! Um dragãozinho!"?

- Por que ele está sozinho, aqui?

Os dois dragões se encararam, olhando para o o fundo da caverna e apenas vendo a escuridão que a mesma tinha, mesmo sendo dia. O pequeno ser alado permanecia dormindo de maneira serena, diferente dos dragões mais velhos que o encaravam de maneira preocupada.

- Será que... - o gronkel encarou a caverna mais uma vez, se concentrando em encontrar um final para mesma.

- Morreram.

Esmeraldo encarava o pequeno ser que estava em sua frente, nunca havia visto um filhote de Fúria da Noite ou ao menos um adulto em si. Depois da onda de ataques de sua espécies por humanos, eles se recolheram e se esconderam e só se ouvia boatos de como estaria a espécie... e que não eram os melhores. Sabia que, a raça estava quase no fim, que diziam as más línguas, mas, que poderia estar no tal do "mundo escondido", lugar em que poucos dragões sabem o caminho.

Era difícil, a caça era algo que os cercava em todos os lados, afetavam algumas espécies mais do que outras. Dependendo do caso, deixavam de existir e não seria a primeira vez. Então, como aquele pequeno ser iria viver? Como iria entender as coias desse mundo, sozinho? E possivelmente, podendo ser um dos últimos de sua raça?

- E se... - o Escalderível tentou formular alguma frase, mas ainda encarava o pequeno dragão abismado.

- E se?

- E se levarmos ele para o ninho?

Os dois se encaram mais uma vez e olham ainda o ser que começa a se mexer, quase despertando de seu pequeno cochilo.

- Okay... Eu acho que você comeu peixe estragado, Esmeraldo - o gronkel o encara, assustado - Levar um filhote de Fúria da Noite para o ninho? Você realmente bebeu água do mar, não foi?!

- Shh.. Se acalme, ele está acordando.

Os olhos esverdeados do dragão negro começaram a aparecer, vendo a sombra daqueles dois seres. Santo Thor, ele morreria agora? 

- Hm...? - O mesmo começa a encarar aqueles dois dragões enormes na sua frente, coloridos e grandes. Não pareciam com ele, escuro e pequeno.

- Calma pequeno marujo, está tudo bem. Não vamos fazer mal a você.

O dragão negro ainda o encarava e apenas olhavam para o grande ser alado em sua frente, aquela cor diferente da sua chamou a atenção mas, não de um jeito ruim, apenas de uma maneira confortante. O outro rochoso que estava ao seu lado parecia rabugento, mas, não o incomodava também, o sentimento para ambos era mútuo. Conforto.

Os dois mais velhos analisavam a situação, como iria levar ele dali? O que iria ser feito, a respeito desse pequeno?

- Você que ir conosco, amigo? - o dragão esverdeado olho para o menor, que o encarava ainda vislumbrado com o tamanho do mesmo.

A parti deste momento, em um dia ensolarado, começava a nova vida de um Fúria da Noite.








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yes, i always come back guys.

Céus, a quanto tempo que não escrevo, mas eu adoro e não consigo ficar longe mas.. o que falta hoje em dia é tempo

entretanto, quero finalizar ciclos, e essa fic pra mim é como se fosse algo acolhedor, algo que queria ver feito pela dreamworks e enquanto não vem, bem, eu o faço

ela não será longa, por conta que o desenrolar dela nem dá pra ser extenso e espero que as pessoas que leram e comentaram estejam aí para acompanhar toda essa aventura, que só irá se passar durante httyd 1, não quero passar dele pra não estender e ficar algo que se desgaste.

bem, é isso! Criticas sempre são bem vidas <3

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