Nossos encontros secretos

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Shawn L

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Shawn L. Rockefeller


Quatro horas da manhã, eu estava um caco e mesmo assim não conseguia parar de encarar a janela. Eu estava me tornando a porra de um obcessivo... Eu não dormia e não comia enquanto não ouvisse os barulhos de seu salto fino no piso de madeira do corredor. Quem diria que um dos herdeiros mais cobiçados dos Estados Unidos estaria reduzido a isso...

Vir para Dallas foi uma bela decisão improvisada no segundo seguinte em que completei 18. Sempre fui o filho caçula de uma boa e abastada família de posses, porém a urgência pela aventura me puxava para fora daquela enorme mansão onde cresci.

Sem dizer uma palavra a ninguém, coloquei a guitarra nas costas e montei em minha moto sem um destino certo. Durante os meses seguintes vivi com minhas economias e quando o dinheiro começou a acabar precisei usar meu talento para algo além de diversão, as vezes eu tocava em troca de dinheiro ou hospedagem, ficava um ou dois dias em uma cidade e depois seguia para outro lugar.E foi assim que eu vim parar aqui no Collins’ Bar!

Dallas sempre fora um dos meus destinos preferidos, mas não imaginei que fosse nessa pequena cidade que encontraria a minha perdição. Lembro como se fosse ontem tudo o que aconteceu…

Quatro meses antes.

O calor era insuportável naquela hora do dia, o sol castigava o verão no Texas me fazendo acelerar ainda mais a moto. Nem o vento da estrada me fazia refrescar no meio daquele deserto. Graças a Deus não demorei a avistar os sinais da cidade, Dallas acabou se tornando bem mais longe do que eu esperava quando tracei o percurso pelo mapa na última parada.

Depois de dois anos daquela vida de músico itinerante vivendo de bar em bar enquanto percorria a maioria dos condados no sul do país, eu já havia aprendido a identificar os tipos de estabelecimentos que aceitariam minha música em troca de algo.

Parei assim que avistei a fachada. Aquele bar não parecia as espeluncas onde eu tocava, mas tinha algo que me chama a atenção. Toda a parede externa era pintada de marrom escuro, a fachada de madeira tinha elegantes letras que pareciam ter sido queimadas a ferro destacando o enorme “Collins Bar”. Pela porta eu conseguia ver o ambiente mais escuro e iluminado por luzes amarelas, ressaltando as mesas de madeira e o enorme balcão.

 Pela porta eu conseguia ver o ambiente mais escuro e iluminado por luzes amarelas, ressaltando as mesas de madeira e o enorme balcão

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