"weird 1"

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AS S/N;

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AS S/N;

Hoje eu continuei na escola até mais tarde porque eu tinha que xerocar algumas coisas na biblioteca, pois amanhã eu tinha um trabalho escrito pra entregar. Fui obrigada a passar umas horas a mais nesse inferno de colégio.

Depois de concluir tudo o que eu tinha que fazer juntei minhas coisas e saí do biblioteca e notei que tava chovendo muito e bufo ficando irritada. Tinha muitas coisas para fazer durante a tarde e não tinha ninguém disponível para me buscar na escola.

Quando eu já estava debaixo da chuva me molhando inteira bufei pensando em como ir pra casa. Olho para o lado e vejo Noah sentado no chão de baixo de uma coberta enquanto tragava um cigarro.

Ele era o bad boy da escola antisocial que sempre gostava de ficar sozinho, apesar de ter amigos como Josh, sina, Sam, Heyoon, Krys e outros. O garoto sempre perambulava pelos cantos sozinho com seus fones de ouvido e uma cara amarrada.

Eu e eles nos cumprimentamos uma vez e nada demais, todos tem um certo medo dele por ele ser tão frio que não conseguem encarar seus olhos.

Vou correndo em sua direção na intenção de me esconder da grande tempestade. Ele olha pra cima e sorri de lado mas logo em seguida volta sua atenção para seu cigarro.

-- Posso ficar aqui com você até a chuva passar?- ele assente soltando a fumaça da sua boca e eu me sento ao seu lado conferindo minha mochila para ver se meu trabalho estava intacto.

-- O que estava fazendo nessa chuva?- ele pergunta olhando diretamente pra mim.

Estranho um pouco ele tentando inciar uma conversa, mas não ouso perguntar.

-- Fiquei até mais tarde na biblioteca da escola fazendo trabalho e nem notei que estava chovendo.- digo olhando para seus olhos de esmeralda. -- o que você está fazendo aqui?- devolvo a pergunta.

-- Não queria ir embora pra casa, não agora- ele dá de ombros.

-- Porque você se isola tanto?- disse receosa.

-- Eu gosto de ficar sozinho.

-- O tempo todo? Você fica sozinho o tempo todo, as vezes isso não é bom.

-- Porquê? Porque não é bom?- ele cruza os braços me olhando com uma sombrancelha arqueada.

-- E-eu nao sei, não é bom ser sozinho sempre, apesar de que sempre fui uma pessoa sozinha sei o quanto é ruim.- meus olhos ardem pelas lágrimas se formando.

Droga, maldita tpm que me deixa vulnerável em momentos inapropriados.

-- Você está sozinha agora, não está? Por isso está desabafando comigo, pessoas que não tem ninguém acabam dizendo coisas demais que não deveriam para outra pessoas porque está carente demais!- ele diz calmamente me olhando no fundo dos olhos.

Após sua breve resposta, reviro meus olhos mentalmente por ter inciado um conversa com Noah. Não o conheço e não sei porque o estamos tendo esse diálogo.

--M-me perdoe, não vou te encher com minhas neuras.- passo a mão em meus cabelos e bufo desejando sumir no mundo.

-- Não é isso, Só estou te falando pra você ter certeza pra que irá falar suas coisas, são coisas pessoais demais pra você sair contando pra qualquer um.- não devolvi uma resposta.

Após isso fica um silêncio desconfortável e eu me sinto estranha. Ele tem razão, eu estou muito sozinha e carente, as vezes eu preciso desabafar com alguém sobre os meus sentimentos, mas eu não tenho ninguém pra isso.

-- De onde você era? Porquê se mudou pra cá?- ele pergunta quebrando o silêncio.

E novamente me pergunto o porquê dele insistir numa conversa.

-- Eu morava em Boston, queríamos recomeçar uma vida nova!- viajo em algumas coisas mas logo volto minha atenção em urrea.

-- Quer me contar o porque?- ele passa a mão em seu pescoço.

-- A minutos atrás você estava me dizendo para eu não desabar com qualquer um. - digo e ele morde o lábio focando na nossa conversa.

-- Não sou qualquer um, disse pra tomar cuidado com os outros, Não que eu seja um santo, mas acredite minha vida não é fácil e eu não faria nada pra por suas coisas em risco ou algo do tipo- ele diz gesticulando com a mão e eu assinto.

Chuva, dois adolescentes frustrados por deus problemas. Acho que o que formos conversar, vai permanecer aqui.

-- Meus pais viviam em um relacionamento abusivo, Meu pai sempre traiu minha mãe e também batia nela quando chegava bêbado em casa, nós sempre suportamos isso para tentar restaurar nossa família, mas chegou uma hora que foi o fim para continuarmos tentando. - disse tentando não ligar pra algo que claramente me machucava.

-- As pessoas as vezes olham pra você e pensa que nunca passou por algo desse tipo por causa do seu rostinho lindo que esconde tudo o que você passou!- ele murmura rouco me fazendo arrepiar.

-- Sim, as pessoas julgam muito sem saber!- Suspiro.

-- Eu sinto muito por isso.- ele diz e se levanta arrumando sua casa. --a chuva já diminuiu e acho que devo ir para casa, voce deveria fazer o mesmo!

-- Vou sim.

aceno pra ele e vou em direção a minha casa.

"De perto, ninguém é normal"
Caetano Veloso.




||| me desculpem por esse capítulo mal trabalhado

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ┊ⁿᵒᵃʰ ᵘʳʳᵉᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora