Capítulo 1

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Bem, basicamente começa com um Jovem chamado Arthur que trabalhava como técnico de informática consertando algum a dispositivos e levando uma rotina padrão onde o único questionamento que ele levava consigo era se as pessoas realmente vinham aqui com um propósito, ou se apenas tudo o que viria acontecer sempre era nada mais ou a menos que o acaso do destino, bem, um dia ele conhece uma garota que levou um notebook para que ele pudesse consertar, e eles acabam desenvolvendo uma conversa, até que eles descubram que ela havia se mudado recentemente para o mesmo prédio em que ele morava, então eles decidem ir juntos para casa, durante o dia ele conserta o notebook e a noite vão caminhando juntos até a rua de casa, onde o aspecto da garota começaria a mudar, ficando mais aberta e contando um pouco mais sobre ela para ele. Chegando lá eles se despedem e antes que pudesse entrar o jovem era surpreendido por seu pai chegando em casa e o abordando, questionando sobre um pendrive que aparentemente estava com vírus mas que tinha arquivos importantes, ele pede para o filho recuperar os arquivos mas que não veja o que tinha naquele pendrive, pois talvez ele poderia acabar gerando problemas além da compreensão dele, então, o rapaz pega o pendrive do pai, e vai dormir para trabalhar no outro dia ainda pensando na conversa que havia tido com a garota, lembrando da parte onde ela havia dito que talvez o acaso fosse mais certeiro do que qualquer teoria que ele pudesse imaginar sobre as coisas que não compreendemos. No outro dia ele vai trabalhar, conserta o pendrive do pai e liga para o mesmo avisando que estava funcionando novamente, então o pai novamente relembra que ele não deveria ver os arquivos, e diz que passaria na saída do trabalho para buscar ele e assim iriam juntos de carro para casa, o rapaz era filho de um grande empreendedor de renome, e de uma promotora extremamente rica, mas ainda assim seu amor a tecnologia o mantinha preso aquela pequena oficina de reparos, mas isso mudaria em breve. Ao tentar reorganizar os arquivos do pai, para conseguir realocar um pouco mais de espaço livre e assim conseguir um adicional no valor do serviço, ele acaba sendo tentado pela curiosidade, e após muita relutância, abre uma das pastas nomeadas com segredos de estado, ficando completamente perplexo com o conteúdo que havia ali. Eram diversos vídeos do pai, fotos, centenas de conteúdo sexual explícito com uma mulher desconhecida, e em alguns deles, mais de uma, todas em um tom amador porém provocativo, o que choca por completo o rapaz pois tinha total certeza da família bem estruturada que tinha, e ver aquilo destruir totalmente sua visão de um ambiente saudável, ele não sabia o que fazer, se contaria para sua mãe, apenas fingiria que não havia visto nada, pois não queria ser o motivo da separação e destruição do lar onde ele cresceu desde sua infância, então durante todo o resto do dia ele apenas se senta e aguarda as horas passarem até que o pai finalmente chega então ele fecha sua loja, e entra no carro com o pendrive em mãos. Ao começar a dirigir rapidamente o pai pediria o pendrive porém a partir daí, Arthur toma a frente começando a falar: Eu vi o que você julga ser um segredo de estado, e por ser de estado, acho que uma promotora como a mamãe entenderia bem o que fazer em um caso como esse, não acha? Dizia Arthur, sorrindo enquanto encarava o pai pelo espelho retrovisor do veículo. O pai completamente sem reação para o carro e rapidamente arranca o pendrive da mão de Arthur dizendo que se ele tocasse nesse assunto novamente, iria perder tudo o que ele acha que tem atualmente, então Arthur rebate dizendo que não tem absolutamente nada a perder, mas o pai tem bastante, pois mesmo que estivesse com o conteúdo em mãos, ele Teria um backup reserva junto com ele, e outro em algum lugar da oficina onde o pai poderia viver por centenas de anos mas não encontraria antes que o arquivo fosse enviado para a nuvem do computador de sua mãe. Arthur encara seu pai por alguns segundo, que logo pergunta o que ele quer para deletar tudo, desesperado oferece qualquer coisa, dinheiro, partes das empresas que possuía, tudo o que havia construído em anos, apenas para que não perdesse aquela pelo qual ele lutou por anos para conseguir. Arthur então diz simplesmente que quer um apartamento apenas para ele, para que não tenha mais de viver no mesmo teto que alguém tão sujo, e corta o pai dizendo que se ele demorou tanto para conseguir, deveria se esforçar mais para manter não fazendo esse tipo de coisa grotesta. Ao fim da conversa, ambos se separam e com o esfriar do clima, dia após dia a convivência entre eles acaba voltando ao normal, Arthur ainda não havia se mudado, e continuava a conversar com aquela garota de antes em alguns dias, onde parecia que ela quebrava seus aparelhos de propósito para vê-lo, enquanto ele oferecia os serviços gratuitos para "manter a clientela" Um dia enquanto caminhavam juntos de volta para casa, a garota acaba lembrando que estaria tendo um churrasco na área do prédio organizado pela família dela aquela noite, e diz que não queria ter de ir sozinha a um lugar barulhento cheio de pessoas alcoolizadas e primos que nunca havia visto, então apesar de sua anti socialidade e temor de festas, Arthur aceita se juntar a sua até então amiga, se divertindo junto com a família, mas logo se afastando juntos para dentro do apartamento pois Laila estava com um pouco de dor de cabeça com o barulho da música alta por um período prolongado, indo juntos para o quarto dela. Ela deita na cama. enquanto Arthur fica apenas sentado na beirada questionando sobre o quão ruim era o estado dela naquele momento, ela apenas responde estendendo sua mão sob o colchão, então o mesmo segura e começa a acariciar como um gesto de afeto, enquanto começava falar baixo sobre o quanto sua vida havia mudado após conhecer aquela garota, e que desde então ele deixou de se questionar sobre o que era o acaso ou por que ele seria prejudicial para as pessoas, pois atualmente ela era a única coisa pelo qual ele conseguia se preocupar e pensar em cada um de seus pensamentos por mais desorganizados que eles fossem. Ele então sorri e ao virar para verificar se ela já havia dormido, se surpreende ao ver que ela havia levantado e estava ouvido de perto sentada com algumas lágrimas nos olhos cada palavra que ele havia dito naquele momento, e ao se tocar de que tudo o que ele havia dito foi recebido por ela, não consegue reagir com nada, porém, antes que pudesse pensar em alguma coisa, ela iniciava um beijo completamente imersivo e apaixonado naquele momento, acariciando seu rosto enquanto ele se impulsionava contra ela intensificando tudo até que a cama de casal se tornasse pequena para ambos, a partir daí eles tiveram a sua primeira noite juntos. No dia seguinte, ao acordar de conchinha na cama e perceber que não estava em casa, Arthur rapidamente se toca do que havia acontecido, e ao levantar assustado, acaba acordando ela que pergunta por que ele já estava indo embora tão cedo, então ele diz que não iria, mas que a mãe dela não poderia ver eles daquele jeito ou ele nunca mais poderia entrar nem na porta de sua casa, então ambos lembram da mãe dela e saem correndo pelo apartamento procurando, e suspiram aliviados ao perceber que ela ainda estava dormindo de ressaca da noite anterior. Assim eles apenas conversam até que ela acorde e começam a tomar café juntos, até que no meio da conversa ela acaba perguntando a Arthur se a filha já havia falado com ele sobre a viagem. Confuso, ele se pergunta qual seria, então ela logo toma a frente dizendo que ainda não tinha contado pois estava com vergonha de pedir algo tão íntimo para ele, entao a mãe dela explica que teria de sair de viagem por alguns dias, e que precisaria que a Laila ficasse durante esses dias na casa de alguém na qual ela e a família confiassem, então Arthur rapidamente se oferece para que ela fique na casa dele, Então ao concordar com a ideia, a mãe dela pede que Laila se apresse em arrumar suas coisas, pois ela sairia naquele mesmo dia ao meio dia, entao durante esse tempo, Arthur teria de convencer seus pais a aceitar a vizinha novata em seu apartamento. Assim que chegar em casa rapidamente a ideia já foi rejeitada por sua mãe, que não queria a responsabilidade de um desconhecido sob sua responsabilidade, e mesmo com muita tentativa e pressão, a mesma não cedeu o que acabava arruinando todo planejamento de Arthur para aqueles dias que seriam quase perfeitos ainda mais após o que havia acontecido entre aqueles dois. E caminhando de volta para o apartamento dela para entregar a triste notícia, o acaso acaba surpreendendo Arthur novamente com um de seus truques, salvando assim aqueles dias que ele havia planejado mas que teriam ainda mais surpresas vinda do acaso pelo quao o mesmo poderia imaginar, a casa de seus pais estava completamente proibida, mas havia algo que poderia salvar aqueles dois, o apartamento que ele havia ganhado de seu pai. Ao relembrar dessa informação, Arthur rapidamente se questiona sobre a situação parecer artificial, quase como predestinado, como se o click acidental, a descoberta, a discussão e o apartamento, tudo tivesse sido metodicamente planejado para aquele momento, então novamente aquele acaso que sempre o perseguiu estava agindo em sua vida, porém como dito na noite anterior, não havia mais tempo para se pensar naquilo, fazendo com que o mesmo corresse de volta ao apartamento da garota, batendo na porta para que pudesse dar a notícia para ela. "Então, as coisas não deram muito certo... mas eu tenho um plano, e você vai precisar me ajudar aqui" dizia Arthur olhando nos olhos dela ainda sem sair da porta. Então ambos entram e ele explica que os pais não aceitaram a ideia, mas que ele tinha um lugar onde ambos poderiam ficar e não seria preciso se preocupar com a questão da privacidade que ambos queriam ter. Ao explicar a situação, ambos entram em consenso, até serem surpreendidos pela mãe da garota se aproximando pelas costas deles no sofá, mas apenas para se despedir de sua filha, perguntando se ela estaria em boas mãos, e tendo como resposta um sorriso seguido das palavras: não apenas nas mãos, vou cuidar dela de todas as formas possíveis. A mãe da garota olha para Arthur e brinca. "Então.. acho melhor você ir comigo Laila..." Ambos riem do comentário mas logo o clima é cortado com ela se despedindo e deixando ambos para a sequência de dias que iriam mudar completamente o sentido do futuro daqueles dois. Após algum tempo de conversa e planejamento sobre o futuro daqueles dias, Arthur e Laila juntam as coisas da garota e partem para o local onde passariam os próximos dias, ele até pensa em comentar sobre as coincidências do acaso que gerou tudo aquilo, mas apenas guarda para si ao perceber que a garota enquanto caminhava, havia segurado a sua mão. Então o mesmo apenas sorri eufórico até que finalmente chegam ao local distribuindo tudo, pertences, roupas, até mesmo suas escovas de dentes bem colocadas uma ao lado da outra no recipiente do banheiro, sorrisos e abraços eram comuns durante aqueles momentos de liberdade onde ambos agora passaram a se conhecer e aprofundar tudo aquilo pelo qual passaram na noite passada, e após uma longa arrumação e planejamentos de horários, ambos descansam no sofá esperando a pipoca sair do microondas para verem um filme ali mesmo abraçados bem no início da noite. A pipoca fica pronta, o refrigerante é colocado sobre a mesinha de centro, a coberta era o último item até o início aquele filme que nenhum dos dois sabiam se iriam gostar, porém estavam mais preocupados em conseguir entender como haviam chegado naquele ponto. Desde um simples reparo em um notebook, até um filme no sofá no início de algumas semanas onde eles passariam sozinhos quase como um casal de longa data, O que acaba sendo engraçado já que o filme basicamente se tratava de um acontecimento parecido, com dois jovens tendo que se virar sozinhos na ausência dos pais em casa, mas que acabavam se apaixonando durante o processo. Arthur então começa a falar sobre o quanto tudo aquilo valeu apena e que durante cada segundo que viveu em vida, a partir daquele primeiro encontro ele passou a ver tudo de uma forma completamente diferente, estava mais intenso, sentia mais, e em consequencia sentia mais, e quase que conseguia sentir até mesmo o destino movendo as suas pequenas peças para construir o futuro daqueles dois completamente juntos. E novamente ao olhar para o lado para saber da reação da garota, encontra a cena dela se derretendo em lágrimas, o que fazia o mesmo abraçar ela com um sorriso na tentativa de reconfortar, enquanto ela pedia desculpas por ser tão dramática as vezes, o que seria quase sempre que estavam juntos. Com o passar dos dias de convívio, algo estranho acabava por ser percebido durante uma madrugada. Ao acordar no meio da noite, Arthur acabava por perceber que estaria sozinho na cama onde ambos deviam estar deitados. Talvez ela tivesse saído no meio da noite para uma festa com amigas? Ele pensou. Mas logo a preocupação por além de não ter sido avisado, ela estaria sob a tutela dele como responsável devido a ausência da mãe da garota, então após ligar diversas vezes sem sucesso, ele tenta como uma última tentativa desesperada, pegar seu casaco e sair no meio da noite em busca da garota sem fazer a mínima ideia de onde a mesma estivesse. Durante o caminho ele continua tentando ligar diversas vezes e mesmo que fosse perigoso, o mesmo não se importa nem ao menos com o horário, caminhando sem rumo às 00:14 até se deparar com algo no mínimo espantoso que acabou atraindo sua atenção. Próximo ao calçadão da praia daquela localidade, ele pode observar um vórtice se formando bem próximo ao litoral, algo como um real furacão com cerca de 30 metros de altura sem o mínimo sinal de tempestade ou aviso das autoridades. Suas pernas mal se mexiam, e o que seria o pensamento lógico de qualquer pessoa de se afastar o mais rápido possível dali de qualquer forma, se torna um gatilho de coragem ao considerar a menor possibilidade de Laila estar com problemas e por algum motivo tivesse ido parar ali. Arthur começa a correr em direção ao calçadão em total desespero sentindo a forte pressão dos ventos o empurrando na medida em que se aproximava dali. "LAILA!!" Ele gritava ao por seus pés sob o calçadão mas logo em seguida era interrompido pela cena em que presenciava ali. A garota pelo qual estava apaixonado durante cada um dos últimos dias, e que o acaso de alguma maneira o introduziu até ali, estava bem ali, parada frente aquele vórtice, com suas roupas sendo fortemente empurradas mas a mesma nem se quer se mexia dali. Parada bem em frente ao que seria a cena mais terrivelmente indescritível de se presenciar. Em meio aquele vórtice, algo como uma criatura bizarra e grotesca com cerca da mesma altura aquele vórtice gigantesco estava gerando aquilo através de sua pele rígida porém maleável como se fosse cerca de milhares de bateres de asas de pequenos insetos, arrastando tudo o que se aproximava enquanto encarava a garota com seus olhos vermelhos quase como se estivesse hipnotizado enquanto a mesma o encarava de volta sem qualquer tipo de expressão. Arthur mal conseguia sair do lugar enquanto sua mente tentava até mesmo negar tudo aquilo o que estava bem diante dos seus olhos. Porém ao perceber toda a data situação, sem mais tempo para qualquer tipo de raciocínio, ele começa a correr por toda a área da praia em direção a Laila sem qualquer receio ou arrependimento. Seu corpo se movia de forma instintiva quase como pudesse se controlar sozinho, e apesar da situação ser de chocar qualquer pessoa comum o único pensamento que ele tinha em mente era o de salvar a garota dali independente do que precisasse ser feito para isso. E enquanto ele se aproximava, mais e mais difícil se tornava manter-se ali sendo fortemente arrastado pela força dos ventos. Seu corpo se tornava mais e mais pesado até que chega o momento em que o mesmo precisaria se arrastar em meio a areia dali mas ainda assim sem desistir, enquanto seus olhos se fechavam e a distância entre eles se encurtava, momentos de tensão e um forte pico de ansiedade era criado enquanto Arthur estendia a mão tentando alcançar a mão da garota gritando com o que restava em forças o seu nome com o som entrando em contraste com os ventos, se estendendo... estendendo... até que ao tentar se impulsionar...
O vento forte cessa dando lugar a uma suave brisa de maresia. A água se acalmava e a areia deixava de ser jogada em todas as direções. Sua visão turva ocilando entre enxergar e escuro total olhava envolta enquanto Arthur percebia que tudo aquilo havia parado. A criatura aparentemente havia sumido, e Laila, Desmaiada em seus braços também começava a acordar junto com ele aparentemente sem lembrar de muita coisa. Em um rápido movimento de euforia e satisfação Arthur a abraça forte percebendo que todo aquele terror havia acabado mas logo em seguida diz sorrindo olhando para a mesma. "Ok, agora você me deve uma boa explicação" mas logo suas palavras são cortadas por uma segunda voz ao fundo. "Ah, ela não deve não." Arthur é golpeado com a coronha de uma arma e desmaia rapidamente sendo cercado por diversos soldados encapuzados sendo a última coisa que pode ouvir foram os gritos de: "Não, por favor não machuca ele..."

Fim

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