Capítulo 24!

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Nós terminamos de almoçar entre risadas e histórias malucas contadas por todos. São momentos assim que quero ter pro resto da minha vida, momentos felizes ao lado de quem eu amo.

Também são nesses momentos que me lembro da minha mãe e do meu pai. Com a minha mãe, todos os momentos eram felizes, até mesmo em meio a dor ela nos fazia sorrir. Meu pai também era um cara incrível, mas com a morte da minha mãe ele se afundou em um mundo de drogas e dívidas, sem deixar ninguém ajudá-lo. Depois daquele dia em que ele me "vendeu" pro Nick, nunca mais tive notícias, ele não me procurou mais.

De sobremesa nós comemos os doces que a D.Ana tinha feito mais cedo, e que por termos dormido, acabamos não comendo.

O Alê voltou para o trabalho, e o Ty foi pra empresa. A Tina, bom... A Tina foi fazer o que eu gostaria de estar fazendo agora, dormir .Mas como nem tudo são flores, neste exato momento estou sendo arrastada para o hospital pelo Nick.

Eu: Eu tenho que ir mesmo?— Pergunto e ele me olha indignado.

Nick: É óbvio que sim. Temos que saber se está tudo realmente bem com você. Depois vamos a um psiquiatra de confiança como havíamos combinado, e como foi recomendado pelo Kaio.

Não estou muito afim de compartilhar detalhes do que eu passei para mais ninguém. Sei que me fará bem, mas sinto vergonha, medo de qualquer possível julgamento.

Eu: Eu sei ...É só que...Ah, tudo bem.— Concordo por fim ,meio relutante.

Nick: Amor, é belo seu bem. Vai que aquele velho tinha alguma doença.— Ele fala, e eu sinto calafrios quando aquele homem é mencionado. Como se percebesse minha aflição ele pega minha mão.-- Não precisa se preocupar, nem ele e nem ninguém nuca mais vai encostar um dedo em você.-- Fala e eu sorrio em resposta.

Eu: Obrigada por tudo que tem feito por mim.-- Assim que termino de falar percebo que chegamos ao hospital.

O Nick estaciona o carro, desce e me ajuda a descer. A todo momento percebo olhares direcionados a gente, principalmente aos meus machucados, isso me encomendou um pouco. Nós entramos e passamos direto pela recepção, então eu puxo o Nick fazendo com que ele pare.

Eu: Nós não teríamos que falar com a moça lá da recepção antes de entrar?— Pergunto depois dele me olhar confuso.

Nick: Amor, eu sou dono do hospital, nós não precisamos pegar fila, Okay?-- Diz me surpreendendo.

Eu: Mas e as outras pessoas. A gente vai passar na frente delas assim sem mais nem menos?—Pergunto indignada por estar furando fila, não gosto de fazer isso com os outros como também não gostaria que fizessem comigo.

Nick: Prometo que não faremos isso outra vez, tá bom? Hoje é só por causa de uma preocupação maior.— Concordo meio a contragosto e então seguimos para um consultório.-- A doutora Carla vai te atender tudo bem? Vou ficar aqui fora pra você se sentir mais confortável.—Concordo e ele me da um selinho antes de eu entrar.

A consulta foi mais fácil do que pensei, a doutora em momento algum me perguntou como aconteceu ou algo do tipo, ela só perguntou como eu estava me sentindo, me deu palavras de conforto assim como todos vem fazendo, e fez alguns exames pra constatar se estava tudo realmente bem.

Nos resultados dos exames, que saíram bem rápido por sinal, foi comprovado que houve um estupro. Mas também que eu estou bem, nenhum tipo de doença sexualmente transmissível foi encontrada ou indícios de uma possível gravidez. Ela também avaliou os meus machucados e me receitou remédios mais fortes para aliviarem as dores.

Nick: Tá tudo bem?— Pergunta vindo em minha direção assim que saio do consultório o encontrando com um olhar preocupado.

Eu: Está sim.— Digo lhe dando um selinho rápido.— Os exames mostraram que ele não me infectou com nada.

Vendida Ao MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora