O meu nome é..

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  Parados ali observamos a janela, podíamos agora ver outro planeta semelhante a Marte, mas não era porque havia quatro luas ao seu redor.


— Me sinto estranho — Digo e caminho para trás, uma fraqueza cai sobre meu corpo como se eu não tivesse comido, tudo fica branco e se apaga.

Vem à minha mente, mas muito rapidamente, eventos que eu tive na minha vida verdadeira, um vislumbre do meu passado, são memórias que ficaram guardadas no meu cérebro e que venho a toma como fotografias, eu vejo minha mãe, meu pai, minha irmã, sim, eu tinha uma irmã eu brinquei com ela, eu lembro dos meus amigos, do lugar, dos meus parentes, então acordo firme e forte como se tivesse me alimentado com pensamentos.

— Lembrei! — digo a todos que estão preocupados comigo enquanto me levanto do chão — lembrei de tudo! — Meu nome é! — mais imagens passam pela minha cabeça enquanto me forço a lembrar meu nome, — meu nome é! — Eu vejo minha mãe e diz Alexandre. — Meu nome verdadeiro é Alexandre! — Eu lembro. — Eu sou Alexandre, tenho dezessete anos, morava em Iperó, São Paulo, tinha uma irmã nova chamada Amanda, os nomes dos meus pais eram Alessandra e Paulo.

— Você se lembrou — Fala Tiago sorrindo — posso te chamar de Alex? — sorrio acenando que sim

Caminho até aquela porta que estava escondida na sala, olho pela janela para ver se tem algo ali, percebo ser outra sala enorme com milhões de jovens e crianças, me viro para falar com todos, mas naquele momento eu vejo os rostos amedrontados.

— O que foi? — pergunto; quando me viro para às duas janelas que à na porta de ferro vejo dois alienígenas parados ali nos olhando agora, com dois metros de altura, eles abrem a porta, tento correr mais sou pego por um deles, suas mãos molhadas e geladas como um cadáver que segura minha mão, um rosto sem olhos e sem boca se aproxima de mim, eu posso ver as veias pulando em sua cabeça verde-escuro, eu posso ver tudo atrás dele,

— Solta ele! — Diz Ana — Solta ele! — Todos partem para cima dos dois que me soltam rapidamente. — Entra nos dutos — o alienígena segura a mão de Ana, ela puxa com força enquanto Tiago é o primeiro a entrar no duto, ela puxa o braço com toda a força, o que a desloca, Ana grita de dor. Eu empurro o segundo alienígena, mas ele não se move e vira a cabeça em minha direção, o alienígena a solta fazendo que ela caísse ao chão, Maria tenta segurá-la, mas Ana cai de cabeça no chão, desorientada e com sangue escorrendo pela testa, tento carregá-la.

— Droga! Ela está desorientada, Caio ajuda aqui — digo.

Maria segura ela.

— Caio e Alex vocês primeiro nos dutos! — diz Maria segurando Ana. — Caio entra nos Dutos é uma ordem.

— Me larga Maria — Ana fala recobrando a consciência — me deixa se não vocês iram morrer.

— Esta louca não iremos te deixar — digo e nesse momento entra mais dois alienígenas na sala.

— fujam! — Grita maria ao ser pega por um deles corremos para os dutos, mas caio para no meio do caminho.

— Eu não posso deixar elas — Diz caio saindo do duto.

— Caio não — eu digo segurando a mão dele.

— Entra no duto e não me siga, cuida do Tiago e acorde o povo

Neste momento entro no duto, e vejo caio lutando para o alienígena larga maria, mas algo o para quando o alienígena fala algo, ele para e flutua no ar, com a Ana e a Maria, como se estivesse hipnotizado ou algo assim, os três são levados, enquanto eu observo pelo duto de ar, antes de fechar a porta um deles observa os dutos de longe e então fecha totalmente a porta.

— Cadê eles? — Diz Tiago quando chego no quarto onde ficamos e dormimos, tento explicar mais choro mais que explico, ao terminar de contar ele puxa meu braço e diz. — vamos até o duto onde tem a fornalha.

Nós corremos até lá, olhamos na janela no chão, e nos deparamos com a cena horrível, meu coração dispara no momento que Ana e a primeira a ser levada entre as portas da fornalha, em seguida vem maria, elas são carregadas, e estão novamente com os fios na cabeça, depois são mais três pessoas, mas o Caio não estava lá, ele foi pego mais não estava ali entre elas, a porta se fecha e escutamos o barulho do fogo, e a luz saindo entre o vão, seguro a boca de Tiago agora e sinto suas lagrimas caindo em minha mão.

Ele me olha, e eu o abraço.

— Elas tinham 15 e 16 anos — Diz ele chorando — Eu tenho 14 e o Caio tinha a mesma idade que você Alex, como eles podem matar a gente assim nessa frieza?

— Vamos até o quarto, lá estaremos protegidos. — respondo a ele.

Chegamos até o quarto, vejo o colchão dos três e me da calafrios por todo corpo em saber que Ana e Maria estão mortas, sentamos e comemos frutas que talvez caio pegou, ficamos em silencio e toda hora secando as lagrimas de nossos olhares.

— O que vamos fazer Andre? — diz Tiago deitado em seu colchão olhando os fios azuis.

— Os planos ainda não mudaram! iremos despertar todos que estão dormindo.

— Mas isso vai demorar dias anos, são de três a quatro horas para acordar uma pessoa.

— Podemos acordar algumas pessoas, e elas acordar outras e assim por diante, pelo menos o tanto de pessoas que podemos matar esses monstros, vocês já andaram por todos os dutos, todos as salas dessa nave.

— Não — diz Tiago — Você seria o explorador

— Precisamos de um mapa dessa nave, precisamos nos arma, nos preparar, isto é guerra — digo a ele. — precisamos ir naquela enorme sala cheio de roupas e brinquedos e coisas, deve ter varias coisas boas lá.

— E se formos pego? — Tiago fala com pavor.

— Tentaremos não ser, beleza!

— Beleza.

caminhamos até a sala que peguei minhas roupas, começamos a procurar itens tinha bastante bugigangas , encontramos vários walkie talkie, achamos vários cadernos e canetas, ficamos o dia todo procurando coisas para que pudéssemos levar, pegamos até bolsas para colocamos tudo que coubessem e sacolas também, arrastamos umas oito vezes antes de dormir pelo dutos, no outro dia fizemos o mesmo mas deu para carregar quinze vezes para dentro de nosso quarto, agora tínhamos pilhas, walkie talkie, barracas, e varias outras coisas a sala estava cheia, tinha pronto socorro que achamos uma maleta, todos acessórios que achamos que precisaríamos.

— Vamos vingar a morte delas — eu digo, enquanto Tiago ainda tinha algumas recaídas e chorava pela perda dos três.

Ficamos uns dois dias procurando alguém para acordar, então vimos uma menina de olhos puxados talvez índia, ou descendente de índios

— é esta!— digo — vamos acordar ela

— Tem certeza? — pergunta Tiago a olhando

— Precisamos começar o despertar!

— bom primeiro temos que fazer o carregamento no mini computador aos pés dela. — fala Tiago e eu não tinha percebido esse mini computador no meu pé a hora que cai ao chão com dores, havia cabos em seu cabelos negros conectados a cabeça, igual dos outros. Passo a mão em meus cabelos e percebo que havia agulhas ali, pois sentia a dor, como eu não tinha percebido isso, mas perto parecia que estávamos mortos, gelados , enquanto toquei sem querer em seus pés. Seus lábios era roxo, parecia que não tinha vida nenhuma ali dentro dela, igual de todo mundo, o carregamento chegou a 50 porcento e pude ver ela abrindo os olhos, e sua pele tento um pouco mais cor, o que fez com que eu percebesse que ela não estava morta, e me lembrei dos apagões que tinha em meus sonhos, era realmente isto que acontecia.

As portas se abriram e eu e Tiago se escondeu nos Dutos, já tinha passado quatro horas enquanto conversávamos nos dutos, e observamos as salas para ver se os alienígenas ainda estavam ali, voltamos para a moça morena para tentar acordar, ela tinha chegado a cem porcento, e tivemos que recomeçar todo o processo de reanimação.

— Agora — falo Tiago — tira os fios da cabeça dela, os fios tinha ficado vermelho e eu arranquei todas eles, fazendo ela abrir os olhos e cair ao chão.

— Qual é seu nome? — pergunto.

Ela se torcia de dor e vomitava algo verde, tossindo ela respondeu Sabrina.

— Não esse não é seu nome! — disse Tiago — mas vai se lembrar, eu me chamo Tiago e esse é Alex.

— Onde estamos? — Ela pergunta com dor

— Vai se acostumar! — digo a levantando, e a levando nos dutos.— Estamos em uma nave

— eu estou com falta de ar!

— fique calmo, vai se acostumar com o ar daqui.— Tiago fala segurando o outro braço dela

Vamos até a sala de roupas e falo para ela escolher uma roupa, ela escolhe um vestido azul, e uma bota preta.

— meu nome é Alex morava em Iperó estado de são paulo, esse é Tiago nasceu em ribeirão preto, você tem um sotaque diferente de onde você é?

— Meu nome é Sabrina eu sou dos Calai.

— isso era seu sonho! e seu nome não e Sabrina.— fala Tiago

— havia uma garota chamada Ana que chamava isso de o abate, eu chamo de nave!— Tiago sorri tentando esconder a tragedia.

— nave? quer dizer nave espacial?

— sim!— digo— e alienígenas que matam a gente, em uma fornalha.

— vocês estão de brincadeira?— diz ela observando a sala— isto deve ser um sonho — Tiago a belisca e ela da um grito.

— isto é um sonho para você? Eles queima a gente, leva para uma sala de fogo e nos matam.

— antes de você eu fui o ultimo a acorda! — falo agora enquanto nós sentamos ali num cantinho da sala onde as roupas esconde nos três. - havia três pessoas era a Maria, a Ana e o Caio, eles foram pegos quando descobrimos onde estávamos, neste momento a moça fecha os olhos e desmaia, eu e Tiago ficamos preocupados, na hora começa a acudir ela.

— não pode ser! — diz Tiago

— o que esta acontecendo! — tento acordar

— ela esta se lembrando — Tiago fala assustado.

— Mas nos acabamos de acordar ela? não faz nem uma hora.

— Sim alguma coisa esta errada, você se recuperou em dois dias ela em um dia.

— Eu me lembrei! — ela levanta e nos dois fica assustado olhando para ela.

— Como pode? — Tiago fica pensando enquanto mexe em seus óculos.

— Meu nome é kauane, sou da amazonas, sou de uma tripo de índios chamada Tupis, vivemos na floresta.

— como você fala nossa língua?— pergunto

— homem branco ensinou, índios a falar sua lingua, tínhamos uma escola lá.

— como você se lembrou rápido! — eu me pergunto — e a observo.

— eu realmente não sei! — diz ela

Tiago me puxa para traz e conversamos baixinho.

— o que esta acontecendo Alex?

— eu não sei ! — respondo — acho que ela se lembro mesmo.

— eu demorei três dias para lembrar quem eu era.— diz Tiago falando alto.

— e eu fui dois, você se lembra, talvez ela tem um q.i maior que o seu — brinco com Tiago, e ele da uma risadinha sem graça.

— Esta tudo bem! temos que levar ela para tomar banho! — eu digo — faz três dias que não tomamos banho.

— vocês tem oka aqui?

— tem que falar nossa língua — Tiago responde.

— Não! nos ensine — falo — o que seria oka?

— Casa! — kauane diz. — vocês falaram que iram tomar banho por isso a pergunta.

— A uma pequena piscina onde os canos despeja água entre os dutos. — fala Tiago.

— piscina tipo ty. — kauane fala

— Não faço ideia! — Tiago olha para mim. — Já tento entender a linguá daqueles alienígenas agora dela.

— Por favor o que é ty ? — pergunto

— Rio ou lago — ela responde.

— Por que não fala logo rio e lago. — Tiago fala bravo.

— Por que tu não presta atenção e aprende a língua dela, ela aprendeu a tua. — falo para ele.

— tudo bem — Tiago me diz.

Apresento o quarto a ela, ela se encanta, quando vê as frutas e legumes que está quase acabando em uma cesta.

— Bauru. — diz ela e eu apenas concordo.

Pegamos shampoo e perfumes que achamos lá na sala, até papel higiênico para usarmos, não havia banheiro aqui, então tentávamos fazer em buracos abertos pelos dutos, pequenos mas que não sabíamos para onde iria

caminhamos até o quarto que tem a piscina, então tiramos nossas roupas e nos limpamos lá, mas tarde todos deitamos no quarto, eu a olho enquanto ela observa os fios azuis.

— Tudo bem? — pergunto a ela.

ela pega um walkie talkie que estava proximo e responde.

— Tudo bem? — nos dois damos risadas, Tiago fica sem entender pois estava quase dormindo.

— Amanha iremos acordar mais alguém, precisamos ir em outra salas. — digo para eles mas só Kauane esta acordada

— eu sou uma boa desenhista — diz Ela, desenhava varias coisas na minha tripo.

— Precisamos mapear esse lugar, podemos deixar um walkie talkie com você e ir falando das passagens e você desenhando. — falo e vejo a outra parede que não a nada — você pode ir grudando os papeis ali na parede para que todos os dias que acordamos vejamos onde paramos. a lugares que nunca fomos a nave e muito grande, e os dutos são um labirinto, podemos nos perde se formos muito longe,por isso teremos walkie talkie, e o mapeamento, para que nos não nos perdemos,- olho para kauane que boceja — mas veremos isso amanha vamos dormir.

acordamos na nave, sem saber se é noite ou dia pois ali e sempre noite, penso um pouco no sol enquanto acordo e sorrio.

— por que esta sorrindo — kauane me olha no outro colchão no chão

— Por que eu estava imaginando o sol. — digo

— kûara! — diz ela — O calor, a luz, mal estou aqui e já sinto falta até das arvores e a terra aos meus pés.

— Devia ser muito bom onde você morava.

— era sim! — diz ela sorrindo agora. sua mão se aproxima da minha, e eu dou a mão para ela.

— eca!— diz Tiago o que vocês tao fazendo, eu a olha e nos dois damos risadas.

caminhamos até as salas olhando jovens e crianças dormindo com fios em sua cabeça e de pé, para podermos acordar mais um, até que paro em uma pessoa e me assusto.

— Tiago ! — eu grito— Tiago— kauane e Tiago caminha até mim.

— ta querendo nos matar— Tiago diz bravo por eu ter gritado.— minha nossa! — agora ele que fala gritando.

— Quem é ele? — fala Kauane enquanto observamos o jovem dormindo com fios na cabeça

— mas como ? — eu me pergunto

— É o caio — Tiago sorri e chora ao mesmo tempo, enquanto Caio esta lá dormindo parecendo morto.

— Caio? o garoto que foi pego que vocês disseram.— diz kauane o que estava com Ana e Maria?

— Sim, mas por que ele não foi queimado?— eu me pergunto

— eu não sei, só sei que devemos acordar ele novamente.— ela fala

— graças a Deus que ele esta bem. — Tiago sorri.

— kauane precisamos que você fique de olho na porta — digo — o processo para acordar demora quatro horas ou mais, vamos despertar ele novamente, mexo no computadorzinho em baixo do pé de Caio.

— Vou ficar na porta como arasy e serei teu kuara. — diz ela.

— Se acordamos saberemos o que houve com ele depois que o pegaram. — Tiago fala me olhando enquanto Kauane some entre os jovens e crianças dormindo.

— O que sera que ele ira nos contar?— pergunto.







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