Em Busca Da Liberdade

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Inquieta a senhora Smith sentada à frente do seu filho, o olha, e desvia o seu olhar para outro ponto. Charlie respira fundo, e descansa sua mão em sua espada, gravada com um leão e diversos detalhes perfeitamente gravados no mesmo, segurada pelo seu cinto.

-Mãe, fique quieta. - Charlie sussurra para que o senhor Williams não ouça.

Com olhos arregalados a senhora Smith o olha, sua postura muda, e sua respiração fica mais calma, ou pelo o menos tenta fazer com que fique.

-Irmão, tem mesmo a certeza que irá dar certo? - pergunta Amélia, a senhorita Smith, nervosa.

-Não finja que se preocupa, querida irmã. Sei que não está feliz pela junção.

-Estávamos ótimo, Charlie. Não era preciso a junção de impérios. Contudo, você o quis. - fala Amélia e desvia o seu olhar, encarando a mesa.

-Eu quis, e eu o fiz, porque eu mando em tudo. Nosso pai já faleceu, Amélia. Sou eu quem mando agora. - fala O senhor Smith, entredentes.

Antes que ela possa falar algo, a porta se abre. E duas pessoas estão diante de nós.

Uma mulher, com cabelos ruivos sedosos e brilhantes, lindo olhos verdes, e rosto... delicado. E ao seu lado, o seu pai, o Rei Williams.

-Estou inclinado a pedir desculpas pela demora, Senhor Smith. Entretanto, aqui está minha filha, a Ayla Williams.- fala o rei, e então, entram na sala.

A figura mediana, filha do rei, adentra na sala. Com o queixo erguido, e o olhar atento. Ela faz uma breve reverência, e sorri.

Espantado com tamanha beleza, Charlie levanta de sua cadeira, e devolve a reverência com uma graciosidade admirável. Ayla sorri, tímida, e se senta. O rei assente, e se senta.

-Então, senhor Smith, o que acha? - pergunta o Rei. O olhar de Charlie desvia do rosto do rei, e olha para a senhorita Smith.

E com uma avaliação rápida, se volta para o rei assentindo.
-Estou de acordo.- diz Charlie, firmemente. O rei sorri pela conquista.

-Poderemos começar os preparativos quando bem entender. Enquanto a junção... vamos fazer o mais rápido possível.

E com um aperto de mão, o acordo foi feito.
Ayla, tentando sair de lá sem que precisasse falar com alguém, foi impedida de fazer tal desejo. Quando se levantou, foi parada por uma reverência do senhor Smith. Sorrindo com elegância, ela fez o mesmo.

-O seu reino é esplêndido, ficaria lisonjeado de ver o jardim, caso esteja inclinada a me mostrá-lo, senhorita Williams.

-Oh! Claro! Vamos, minha filha. Mostre o nosso jardim para o senhor Smith. - interrompe o rei. Ayla assente, e indica para que ele a siga.

Reparando em tudo, Charlie percebeu, que, o castelo era realmente esplêndido. Talvez até mais que o seu. Tapeçarias vermelhas com desenhos fascinantes gravados em dourado por toda a parede. E móveis de grande elegância.

-Então, senhorita Williams, tenho que dizer, que, suas mobílias e detalhes são deveras esplêndidos. - fala o senhor Smith, enquanto andam para o jardim.

-Oh! Obrigado. - falando apenas isso, permaneceram o caminho todo com um silêncio desconfortável.

Até chegarem ao lindo jardim do castelo. Gramas verde claro, iluminadas pelo sol. Com lindas flores, de diversas cores, por toda a grama.

-Bom, aqui é o jardim. Temos 4 ao total. Entretanto, os outros três estão distantes daqui. Mas considero, particularmente, este o mais belo. - fala Ayla, olhando para frente.

-Oh! Decerto que este seja o mais belo. Já que a senhorita diz. - Ayla assente e olha para os grandes campos ao longe.

-Estarei certa ao dizer que, a senhorita de cabelos pretos, é a sua irmã? - pergunta Ayla depois de alguns minutos de silêncio.

-Estará. E a outra senhorita, é a minha mãe. A senhora Smith. - diz Charlie, e a olha. Ela assente e permanece olhando ao longe. - Os campos... parece gostar muito de olhá-los. - o senhor Smith diz, e para de andar. Ayla faz o mesmo.

Então encaram o longe, os campos.
- Oh, sim. São deveras lindos, e sua vista... é magnífica. -fala, e Charlie pôde ver, os seus olhos brilharem.

Apreciando a beleza de Ayla, é bruscamente interrompido quando uma voz feminina chama Ayla:

-Senhorita Williams! - chama. Ayla se vira graciosamente e vê sua criada a chamar. Ela assente e se vira para Charlie, com um sorriso.

-Terei de ir, senhor Smith. Até o jantar. - fala e se despede com uma breve reverência.

E então, ela anda até sua criada. Sua irmã logo chega, e para ao seu lado.
-O que quer, Amélia? - pergunta Charlie para sua irmã, reparando nos campos.

-Quero dizer que estou deveras feliz pela sua conquista, e casório. - fala e se vira para olhar o irmão. Ele desvia o olhar dos campos, e a olha.

-Bom, obrigado. - fala firme, o senhor Smith. Ela assente e olha para o chão.

-Agora irei atrás da nossa mãe. Eu o vejo no jantar. - murmura e sai, em direção ao reino.

Depois de alguns longos minutos, Charlie resolve voltar para o reino. Para o jantar. E enquanto anda pelos corredores, inveja a beleza do castelo. Tudo tão elegante, e magnífico. O fazia sentir uma inveja, claro, porque o seu castelo perderá sua elegância há um tempo.

Logo depois que o seu pai faleceu. Cerrando a mandíbula, sua vontade de encontrar logo o quarto aumentou. Fazendo andar, ainda graciosamente, porém mais rápido. E tão focado, que não vê o homem a sua frente, e acaba se batendo com o mesmo.

Dando um passo para trás, o senhor Smith, ergue o olhar e encara o homem a sua frente. O homem, por sua vez, está sorrindo.

-Peço desculpas pela minha distração.- fala o homem. Charlie ajeita sua postura, e da o seu melhor sorriso.

-Oh não! A culpa certamente é minha. Peço desculpas. - fala Charlie.

-Sou Pedro Gomes Vasquez, prazer. - fala o homem, agora conhecido como Pedro, e faz uma reverência.

-Sou Charlie III Smith, prazer. - fala Charlie. Pedro arregala os olhos por um momentos.

-Oh! Senhor Smith! Ouvir falar do senhor. Bem, o prazer é todo meu. Contudo, peço desculpas pela minha intervenção na sua caminhada. Foi um prazer. - fala o senhor Gomes, e depois de fazer uma reverência, sai.

Charlie agradecendo por isso, volta sua caminhada. E finalmente chega no seu lugar desejado.