Black Eyes - Sterella

Apolo

Ela permanecia parada, sem reação alguma, apenas me fitava com seus olhos negros e intensos.

- Não precisa dizer nada, eu sei o quão difícil é para você expressar o que sente. - Sorri fraco - Só quero que saiba que eu te amo, amo como nunca amei alguém na vida.

- N-não, é que... Como você mesmo disse, eu tenho dificuldade de me expressar, mas eu... Eu posso dizer que, eu sinto tudo isso e muito mais por você.

Ela me amava, ela disse da maneira dela, mas ela me amava.

Nunca estive tão feliz em minha vida, o sentimento era recíproco.

Suas mãos vão até minha cintura e me puxam para mais perto.

E finalmente, selando meus lábios com os seus.

(...)

- Achei meio... Nhé, desnecessária essa reação do seu pai. Sinto muito, Stéfani. - Gabi dizia caminhando ao meu lado

- Não é fácil sabe? Mas... Acho que ele precisa de um tempo para pensar... Só não quero que ele se afaste de mim. - digo cabisbaixa

- Ele não seria louco de se afastar de uma filha como você. - Guilherme me abraçou de lado

- Assim espero - respondi

Não tão longe dali, reconheço uma figura andando em minha direção. Michael.

- Eae garota - ele disse abrindo os braços me convidando para um abraço

Sem excitar enlacei meus braços em seu pescoço sentindo seus braços me apertarem e me levantarem do chão.

Esse garoto me fazia um bem inexplicável.

Logo a frente eu via a maravilhosa figura de minha namorada e seu olhar enciumado com a interação minha e do Michael.

Mas logo desviou o seu olhar para Leticia que a abraçou com força.

Mas uma coisa que me intrigava muito, era o fato de desde que Mirella me apresentou seus amigos, Leticia olhava de uma maneira diferente para Mirella.

E isso só piorou na festa do Luca, isso estava muito estranho...

- Okay, Okay, já se cumprimentaram, agora larga antes que a Mirella dispare raios laser pelos olhos e mate você Michael. - Gabi as vezes era muito estranha

- Não acho que ela esteja se importando mais... - Guilherme diz totalmente cínico. O que na mesma hora me faz olhar para aquelas duas novamente, elas ainda estavam abraçadas. Suspirei e continue olhando para Mirella para lembra-la de minha existência. Foi em vão. - Bem. vamos para sala que hoje tem prova. - disse.

Caminhamos para a sala de aula para fazer a tal prova, sem a Mirella dessa vez.

Espero que eu me saia bem, eu não tive tempo de estudar nada.

(...)

Assim que toda aquela chatice terminou, fui direto para meu apartamento.

Disse a Mirella que eu precisava de um tempo a sós, para raciocinar tudo que aconteceu.

Agora me encontrava largada no sofá, assistindo "Meninas Malvadas".

A Mirella era muito parecida com a Regina George em questão de comportamento.

Franzi a testa com meu pensamento. Mas que era verdade, era.

Mas, minha paz não durou por muito tempo, algumas batidas na porta foram o suficiente para estragar toda minha solidão.

Esse porteiro está me tirando do sério, ele nunca mais me avisou quem iria subir ou não.

Me levanto do sofá e vou em direção a porta, abrindo a mesma.