Trocados [Taekook] ABO

1- Infância

Essa história usará o recurso de POV que traduzido das siglas em inglês significa "ponto de vista", ou seja, teremos tanto pontos de vista do Jungkook e do Taehyung quanto dos demais personagens que forem julgados necessários para o desenrolar da fic.

***Esta fanfic se trata também de uma crítica ao universo ABO e seus "padrões" quase sempre iguais (Como, por exemplo, ômegas serem totalmente frágeis e despreparados na maioria das vezes)... Bom, caso você se incomode com isso em algum aspecto... Simples, não leia.

Apenas para que fiquem cientes mesmo, boa leitura♡

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INFÂNCIA ON

POV'S TAEHYUNG

— Taetae, meu filho... Você não deve se vestir assim... Não é coisa de ômega!

Disse minha omma, retirando de mim a grande blusa de meu pai na qual eu estava vestindo e me oferecendo um vestido branquinho.

Fiz bico e cruzei os braços de descontentamento.

— Eu não gosto disso, por que tenho de me vestir assim...!?

Perguntei emburrado.

Já era a décima vez que ela estava tentando me empurrar o que eu simplesmente não gostava de vestir.

— Porque você é um ômega, Tae... Ômegas não devem vestir esse tipo de coisa, desvaloriza você.

Explica ela, me fazendo ter um breve ataque de raiva não só por sua insistência contínua, como também pelo fato de ela me achar "desvalorizado" pelo meu simples gosto de roupa.

— Eu não quero!

Ditei irritadiço, praticamente rosnando, o que a fez recuar de certa forma, como se eu tivesse a "amanssado".

Ao ouvir o tom em falei, na mesma hora, meu pai entrou no quarto e me puxou pelo braço sem delicadeza, me colocando a frente de um espelho.

— NÃO OUSE LEVANTAR A VOZ COM A SUA MÃE ASSIM, ELA ESTÁ TENTANDO TE AJUDAR! VOCÊ É UM ÔMEGA! ESTÁ ME OUVINDO, MOLEQUE!? UM ÔMEGA! VOCÊ TEM O CORPO DE UM E TERÁ JEITO DE UM NEM QUE EU TENHA QUE TE CORRIGIR DESTA FORMA SEMPRE!

E assim que este terminou de falar, o mesmo deu um tapa em meu rosto.

Minha mãe, ao ver tal atitude, automaticamente, o puxou para longe de mim, tantando o acalmar.

As brigas eram constantes por minha causa.

Sempre era comigo.

Por que eu simplesmente não poderia ter nascido já gostando dessas coisas? Eu evitaria tudo isso se simplesmente amasse roupas e vestidos típicos de ômega.

Quando ambos fecharam a porta do quarto e me deixaram sozinho, me sentei no chão e levei minhas pequenas mãos aos meus olhos, deixando toda aquela pressão que estava sentindo escorrer por meu rosto e pingar sobre o piso gélido do chão em forma de lágrimas.

— Já chega...

Disse baixo, quase em um sussurro para mim mesmo, em meio a meus soluços chorosos.

— Eu não aguento mais isso... Eu... Eu preciso...