💌 extra dois: carência e amores infantis 💌

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Naruto era uma pessoa de toques. Ele gostava de abraçar, beijar e dar carinho para as pessoas que ele amava. Em contrapartida, ele também gostava de ser abraçado, beijado e de receber carinho das pessoas que ele amava. A gravidez apenas colocou um pouco de intensidade nisso. Haviam momentos em que Naruto se sentia terrivelmente manhoso e carente, e embora ele tivesse uma política rígida de não atrapalhar o trabalho de seu marido – porque ele também não gostava de ser atrapalhado quando estava treinando seu ballet, ainda que ele não pudesse dançar atualmente, devido à barriga enorme – ele simplesmente não podia evitar de querer invadir o escritório dele para receber atenção. Ele era um ômega grávido, muito carente e queria ser mimado por seu marido, ok.

Então Naruto simplesmente adentrou o escritório de Sasuke, vendo o homem concentrado em frente ao notebook, uma pilha de documentos ao lado dele. Naruto quase se sentiu culpado por atrapalhar quando ele estava tão obviamente ocupado, mas decidiu deixar isso de lado em seguida. Sasuke, claro, já o havia notado desde que ele estava na metade do corredor, terminando de digitar o que quer que fosse rapidamente para olhar para Naruto em seguida.

— Oh, bebê, eu senti que você estava um pouco angustiado. O que houve? Dores nos pés? Você está enjoado? Está com fome? — Sasuke perguntou, suas belas feições franzidas de preocupação e Naruto quis chorar com quão perfeito seu alfa era.

Naruto negou e se aproximou, sorrindo quando Sasuke afastou os documentos e o notebook, dando espaço para Naruto se sentar sobre a mesa. O loiro se sentou e as mãos de Sasuke foram instintivamente para as suas coxas, apertando-as muito levemente.

— Eu só queria te ver. Atrapalho?

— Nunca. — Sasuke assegurou, sorrindo para ele. — Você está carente, boneca, uh? Quer a atenção do seu alfa?

— Suke! — Naruto corou com a insinuação descarada, embora a ideia fosse tentadora. — Um ômega não pode mais ver seu alfa?

— Sempre e quando você quiser, meu amor. — ele riu baixinho e pegou uma das mãozinhas delicadas, beijando-a como um legítimo cavalheiro. — Kiyomi?

— Brincando com a Nana no jardim.

Sasuke bufou e olhou discretamente pela janela, vendo Nihonana correndo de mãos dadas com Kiyomi, ambas perseguindo uma borboleta. Era uma cena adorável, mas Sasuke não pôde evitar sentir ciúmes.

— Ela está roubando o meu bebê de mim.

— Elas são crianças, Sasuke. — Naruto riu, olhando-o como se ele fosse um idiota.

— Que se gostam.

— Bom, sim, mas elas ainda estão novas e nem sabem disso. — Naruto falou, mas ele sabia que Kiyomi já tinha uma vaga ideia do que sentia por Nihonana. Ela herdou a inteligência de Sasuke também, afinal. — Pare com suas crises de papai ciumento.

Sasuke estufou as bochechas como uma criança e Naruto gargalhou, batendo suavemente na testa dele.

— Nihonana é uma boa garota.

— Ao menos ela herdou a personalidade de Lee. Se ela fosse igual à Gaara...

— Quase vinte anos e você ainda não gosta dele. Cresçam, vocês dois.

— Ele é irritante.

— E você é birrento.

— Mas você me ama.

— Eu amo Gaara também.

Sasuke cruzou os braços com um biquinho emburrado e virou a cabeça para o lado como se estivesse muito magoado, o que não era verdade e ambos sabiam.

namorado de mentira | sasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora