Capítulo Único

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Oioi
Essa é uma história que brotou do nada na minha cabeça. Espero que vcs gostem dessa versão Johnlock. Eu amei escrever 💙💙
Boa leitura amores.
Ps.:Erros podem aparecer amores. Prometo q logo irei corrigir novamente .
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Sherlock Holmes observava John Watson. Era quase como um estudo diário, uma obrigação continua, mas sem a parte irritante. Fazia isso por prazer, por sentir necessidade de decorar cada detalhe do homem à quem dividia apartamento à mais de três anos. John mantinha sua rotina diária exatamente igual, e para Sherlock era um fato tão curioso, e mesmo que fosse dificil de admitir, era também, incrivelmente adorável.

-Você está me observando? -John pergunta de sua poltrona, onde folheava um jornal, tirando Sherlock de seu devaneio.

-Estou? -Sherlock piscou algumas vezes para clarear a mente, não haveria escapatória, pois era a mais pura verdade. Estava observando o ex-militar ler o jornal a tempo suficente para aquele gesto se tornar perceptivel e estranho.

-Claramente. -John responde risonho, mas curioso no entanto. -Não que isso seja algo que você já não tenha feito, contudo hoje,  parecia diferente.

Sherlock franze o cenho, tentando ao máximo fingir indiferença perante ao que seu companheiro de apartamento expunha sobre seu respeito. Era verdade, a maior das maiores verdades, na qual o detetive consultor teve de admitir; era verdade o fato de que John Watson lhe tomava a maior parte de seu dia e seus pensamentos, era todavia curioso, para alguém como Sherlock compreender a existência de sentimentos complexos nos quais nunca lidou, exigia de si mesmo uma grande dose de exasperação. Há algum tempo o detetive procurava razões em seu palácio metal para se ver tão dependente de John, passava horas e horas seguidas tentando entender, tentando decifrar aqueles sentimentos que já não eram tão novos como achava que fossem. Na verdade, desde o princípio de sua parceria com John, Sherlock sentiu-se diferente, como se a existência do mais baixo em sua vida lhe trouxesse um sopro novo de esperança... Sim, esperança! Esperança de ter talvez, um amigo, um alguém para se apegar. Porém ele não esperava que aquilo tudo se tornasse muito mais que uma singela amizade.

O que não demorou muito para o detetive compreender, era a possibilidade de um afeto maior do que poderia aceitar.  Via John mudando de namorada ao passar daqueles três anos, lhe via afirmar sua opção sexual quase como um mantra, e isso desencorajava Sherlock, que então descobrirá o desabrochar de um sentimento doce e novo em seu peito. Era clichê demais para ele próprio afirmar em voz alta, mas não o suficiente para flutuar constantemente no ar cristalino de seu palácio mental; onde à muito, o rosto expressivo e bondoso do médico e ex-militar, já estava estampado nas paredes que antes eram apenas incolores e insignificantes.

Os sentimentos que Sherlock Holmes nutria secretamente por seu amigo John Watson, eram tão complexos e densos que em momentos se tornavam quase que palpáveis. Sherlock ansiava pelo dia em que perceberia a reciprocidade, entretanto, a rapidez que o mais baixo trocava de companheira era tamanha, que o detetive já não via esperanças para si mesmo.

-Perdido em pensamentos, Sherlock?

E mais uma vez, John lhe arranca de seus devaneios, como se garras invisíveis lhe tomassem pelos braços com força total. Sherlock pisca novamente, notando que seu amigo lhe observava intrigado, já não folheava seu jornal, apenas mantinha seus cansados olhos iluminados, -de orbes que variavam de tonalidades, ora azul, ora tão escuras que ficavam quase indecifráveis as analises do detetive consultor.- fixos em Sherlock.

Para John, ver seu amigo tão quieto, era de fato algo à se preocupar. Obviamente que vezes implorava à Deus que Sherlock Holmes fosse amordaçado, tamanha era sua intensa forma de irritar o médico, com seus falatórios mal criados e sem duvidas tão egocêntricos como qualquer outro item em sua personalidade nada sutil. John não estava acostumado à ser objeto de curiosidade constante do homem à sua frente, sabia que vez ou outra Sherlock lhe cuidava, mas para o ex-militar aquilo não passava de uma mera forma de debochar de qualquer que fosse a atividade que estivesse empenhado. Tudo para Sherlock era entediante ou chato demais para que valesse a pena perder tempo observando, e era aí nesse fato, que John se via tão intrigado. Fazia alguns dias que percebia a intensidade daquelas orbes cristalinas e de cores indecifráveis que eram os olhos de Sherlock, lhe acompanhando onde quer que fosse dentro do 221B da baker Street, e não poderia de forma alguma negar o tanto que aquela fixação do mais alto em lhe observar, estava lhe causando intensos calafrios que cresciam de seu baixo ventre, vindo em direção ao seu peito e pescoço.

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