The Gayest Apocalypse Ever: Monster Energy

Chapter 2- O plano mais simples, e inovador de sempre.

POV Guidonça

Eu, BiaPia e Márcia corriamos com dificuldades, vagando aquela estrada reta e vaga, húmida e fumarenta, que parecia nunca mais acabar.

Mais ou menos 2 horas antes de tudo isto estar acontecendo, nós decidimos ir no mercado mais próximo pra comprar Monster Energy, algo que tinhamos provado no início do ano e agora já era "tradição" ir comprar todas as semanas.

Clara tinha faltado alguns dias porque estava doente, então tinha que ficar mais tempo nas aulas para desacumular matéria. Maricó e Tiago ficaram para fazerem um trabalho de Geografia, foram por essas razões que fomos sozinhas.

Marcia tinha comprado 10 latas de Monster (você não ouviu errado, 10 LATAS DE MONSTER ENERGY), pois queria todas as latas de uma vez para guardar ou dar para seus amigos.

Parece que ela adivinhou que tudo isso ia acontecer e nós precisariamos de ficar na escola com mantimentos de sobrevivência por conta de um Apocalipse Zumbi!

Depois de toda a correria pela estrada comprida, chegamos na escola e ligamos para Maricó:
     -Guida, onde vocês estão? - pergunta Maricó preocupada.
     -Estamos na entrada da escola, vamos para ai ago--Fui interrompida por Mara que gritou:
     -NÃO, NÃO VÃO PELA ENTRADA, CORRAM PARA O PORTÃO DA PARTE DE TRAS DA ESCOLA E ENTREM PELA PORTA DA CANTINA, VIREM PARA A PARTE PRINCIPAL E ENTREM NO BANHEIRO DOS MENINOS!! - diz ela dessesperada.

Ela disse tudo muito rápido, mas eu consegui entender. Desliguei o celular e expliquei às meninas rapidamente as ordens que Maricó tinha nos dado.
     - Vai demorar muito para chegarmos lá, não conseguimos andar direito, quanto mais correr? - diz Bia

Mari olha em volta e no fundo da rua vê várias bicicletas deitadas no chão:
     - Meninas, se preparem, porque agente vai pedalar!

Saimos cada uma em uma bicicleta,
andando pelas estradas de terra lamaçentas, sentindo o ar frio no rosto, pedalando o máximo que conseguiamos.

Ao fim de uns minutos, chegamos no portão, e levamos as bicicletas, pois poderiam ser uteis para mais tarde.

Corremos vagarosamente até à porta da cantina, que estava trancada. Ligo para Maricó explicando a situação, a mesma suspira e fica em silêncio por alguns segundos. Logo depois, ouço a voz de Clarice dizendo para vigiarmos e termos a certeza que ninguém estava por perto. Depois de aprovar a situação, vejo pelo vidro embaçado a silhueta de alguém correndo. Era Clarice com um taco de basebol avisando-nos para irmos para trás, pois iria quebrar o vidro.

O som do vidro quebrando estremeceu nossos ouvidos, Clarice quebrava todos os pedaços de vidros pequenos no canto da janela, para não nos machucar-mos ao entrar.

Depois de quebrar tudo, Clarice pede para uma de nós subir em cima da janela com cuidado, e logo asseguir pegar nas mãos dela para não cairmos. Isso se repetiu 3 vezes, para cada uma de nós, e com cuidado, entramos sem machucados.

Indo em direção ao banheiro, avistamos Raúl e Tiago A. correndo para porta principal, não conseguindo abrir a mesmo. Clarice faz um sinal com os braços que os ordenava a entrar pela janela que estava quebrada, enquanto anunciava a notícia num tom de voz que fosse projetado até o banheiro; Chegando na janela, Clarice explica o mesmo método para os meninos, que seguem as ordens e entram seguros na escola.

Entrando no banheiro, todos se cumprimentam e Maricó pede atenção para todos a ouvirem.
   
     Maricó-Gente, este aviso que estou prestes a dar é bastante complicado, porque numa situação como esta isto era o que não deveria acontecer, e-- Conta logo!! - diz Clarice
     Maricó-Tá... Basicamente... Não têm sinal de rede muito menos internet, não vamos poder nos informar ou contactar com alguém.
     BiaPia- Porque e que agente tá arrumando esse drama? Os policiais não devem tardar a chegar!
     Clara- Minha querida, fazem 5 HORAS que agente ta nessa merda e até agora ninguém veio aqui, faz muito tempo que todo o mundo sumiu e se realmente houvesse policiais eles já tinham vindo revistar a escola, pra ver se não tinha alguém em perigo ou algo assim, então eu acho que realmente agente ta fudido, sem dúvida alguma!

Depois de todo o discurso, ficamos uns minutos pensando em planos para guardar nossas coisas, já que não daria para ficar naquele banheiro por tanto mais tempo, até que Tiagicó têm uma ideia.
     Tiagicó- GENTE, tive uma ideia muito boa que vai nos ajudar imenso
     Tiago A.- Lá vem...
     Tiagicó- Ô caralho não vem com esse de "lá vem" porque pelo menos eu pensei em algo ao contrário de você que não disse um piu ate agora!
     Clarice- Gente, pelo amor de santo cristo amado e salvador, AGENTE-TÁ-NO-MEIO-DE-UM-APOCALIPSE-ZUMBI, E VOCÊS TÃO PREOUCUPADOS EM BRIGAR? Deixa o Tiagicó falar, a ideia pode ser até boa e poderá nos salvar.

Tiago A. revira os olhos e bufa, esperando o colega falar.
     Tiagicó- Que tal agente ir para o Campo de Educação Física e guardarmos tudo lá dentro? Lá tem geladeira..
     Kika- Tem lugar pra trocar de roupa e tomar banho...
     Clarice- Têm uma caixa de som gigante, se ela tiver rádio vai ser muito útil!
     Guida- Tem varias coisas que vão ajudar agente à sobreviver, além de ter espaço pra caramba!
     Clarice- Então, é pra lá que agente vai, tudo certo?

Acenamos com a cabeça e começamos a colocar a comida, roupa, e outras coisas úteis dentro das mochilas e de algumas sacolas que Clarice guardava em seu armário, colocando o máximo de sacos nas bicicletas e andando até a porta traseira do campo, que estava aberta.

Estava quase tudo acabando, quando Tiagicó, BiaPia e Raul avistam a multidão de zombies tentando quebrar o portão frontal da escola.

     Tiagicó- GENTE, EU ACHO QUE FUDEU...