Carmine Touch » drarry

Capítulo Único

Carmine Touch
escrita por
RedWidowB & cherryoongie

Estar infiltrado em uma máfia com certeza não estava nos grandes planos de vida de Harry Potter. Apesar de ser um investigador da polícia muito experiente, haviam extremos em que nunca se acostumou a estar envolvido. Mas fazia parte de seu trabalho.

Barzini era uma das máfias perigosas daquela grande cidade, mas que agia muito silenciosamente. Seus movimentos e ações eram quase impossíveis de serem encontrados.

E Harry ainda estava surpreso que fora aceito.

Já fazia três meses que estava ali. Havia visto muitos absurdos, do tipo que, caso estivesse em missão comum, teria agido contrário imediatamente e os impedido. Porém, aquele era um caso especial, que exigia sua neutralidade e sofrimento apenas interno. E, para sua infelicidade, aquela estava sendo a primeira vez a presenciar uma execução. Ouvira alguns cochichos por lá enquanto ajudava a trazer o homem contido por amarras: aquele era um membro de uma máfia rival, uma das que ainda mantinham muita influência naquela parte da cidade.

— Nós podemos poupar sua outra orelha se falar onde estão se escondendo. Escondendo de verdade, não aquele barzinho de merda. — ouviu um dos executores falar, quando se afastou o suficiente e esse retirou o saco da cabeça do torturado. É claro que o homem ficaria em silêncio, preferindo morrer a ser um traidor. — Bom, você que pediu. — apontou uma faca em direção ao rosto do outro, que permaneceu o olhando da melhor forma que pôde, com seus olhos inchados e arroxeados das surras que provavelmente levara. — Mas, como estou de bom humor, irei te matar.

Harry viu então a .38 substituir a arma branca, e em segundos, uma bala atravessou o crânio do desconhecido, causando uma morte rápida e, bom, ele acreditava ser indolor.

— Agora você dá um fim nele. — falou Terence. — Seja discreto e não vá a um local movimentado.

— Vai desmembrá-lo? — perguntou, se arrepiando com a ideia, mas tentando não demonstrar seu terror.

— Sim, e a cabeça vai para os Malfoys, como um presentinho de natal. — riu, pegando o corpo do chão sem problema algum. — Se for muito sensível a mortes, eu posso fazer isso. — debochou, sorrindo sarcástico.

— Eu não tenho problema algum. — retrucou, se controlando para não xingá-lo. — Só deixe no lugar e eu termino o serviço.

Terence arrumou o corpo em seu ombro e saiu da pequena sala, olhando desconfiado para Harry. Vez ou outra, ele notava que nem todos ali confiavam em si e que quase nunca ia em grandes “serviços”. Isso o deixava levemente nervoso.

E mais tarde, juntando toda a sua coragem, foi cumprir sua tarefa, se lembrando de deixar a cabeça, o presentinho, no lugar correto.

[...]

Em todos os seus anos como líder dos Malfoys, estava sendo a primeira vez que Draco sentia ódio profundo pelos Barzini. Matar um de seus melhores homens, e ainda mandar a cabeça para seu bar, era um dos maiores erros das vidas inúteis daqueles ciganos.

— Eu não vou sossegar até que todos eles morram! — gritou, atirando um caríssimo vaso na parede. Narcisa apenas olhava o ataque de fúria do filho, sentada em uma cadeira de couro bege, ornamentada com cedro, enquanto aproveitava seu cigarro longo e de preço saturado.