Dores e Poesias.

Perdoe-me, senhor.

Choro por tua falta,

a falta de um teu eu que eu conheci um dia,

Falta daquele gentil cavaleiro,

que me tratava como a mais bela dama,

aquele que me fascinava falando de coisas sobre queria o nosso futuro,

aquele que me fazia suspirar só de chegar,

aquele cujo o som da voz me fazia tremer de euforia,

Cujo a boca era tão desejada junto a minha,

Hoje, ao escutar seu nome,

não sinto nada além de dor,

aquele que me apresentou ao paraíso, também o arrancou de mim,

Cujo o sorriso já não tem o mesmo brilho,

Cujo as palavras, não passaram disso, palavras...

Hoje o vejo como realmente é,

E chego a me questionar se tudo aquilo que vivi junto a ti,

não passou apenas de um sonhar ilusório...

Você se transformou, no monstro que hoje assombra minha cabeça,

Na dor que assola meu peito cada vez mais e mais,

Você é o fantasma que me persegue todos os dias,

Você hoje é a lembrança viva da minha destruição,

Mas entendo, meu caro senhor,

creio que tenha sido culpa minha,

perdoe- me por ter acreditado e me entregado tanto

a alguém tão insensível e cruel quanto você,

é que eu tenho essa mania sabe?

Me entregar demais aos ouvidos desatentos,

de quem nem sequer,

é capaz de entender uma única estrofe,

da mais bela e pura canção de amor que sou.