Conto 2 parte 4

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Dentro do táxi ficamos nervosos pensando em que local do parque poderiam estar as garotas.

- Devíamos ligar para o acampamento. - Paco resmunga pela milésima vez

- E dizer o que? - Nate fala com impaciência. - Perdemos nossas amigas e elas estão em algum lugar do central park provavelmente mortas ou próxima disso ?

- Parem vocês dois ! - digo com aspereza, o motorista nos encara pelo retrovisor.  - Elas são espertas, devem ter deixado alguma pista...

- E se deixaram e a gente as encontrar?  estamos sem nossas armas - Nate fala nervoso. 

- Vamos ter que dar um jeito. - digo impaciente. 

O motorista nos larga no central park e entramos cautelosos a qualquer pista, está uma manhã ensolarada e alegre, diversas pessoas resolveram tirar o dia para um piquenique e coisas parecidas. Caminhamos nervosos e proximos um do outro quando vejo algo prateado se mexer por entre as árvores mais a diante. 

- Eu vi algo ali, vamos - digo indo em direção a copa das árvores com Nate e Paco ao meu encalço. 

Na sombras das árvores a temperatura está mais fria, e bem mais silencioso. Caminho lentamente olhando em volta a procura da sombra prateada que avistei.

- Não tem nada aqui estamos perdendo tempo ! - exclama Paco quando um fio prateado o prende a árvore bem atrás dele. - hã. ..

Antes que possamos reagir, Nate e eu estamos recardos por garotas encapuzadas nos apontando arco e flechas prontas para atirar.

- Quem são vocês? - pergunta uma delas.

- Somos semideuses do acampamento meio sangue. - Respondo sem pensar duas vezes, algo me diz para não mentir.

- em missão?

- Sim, não oficial. estamos em busca de duas campistas.

A garota que falava se afasta um pouco e abaixa o capuz, tem cabelos pretos, curtos e espetados e uma tiara prateada como uma princesa. Os olhos são azuis intensos e ela tem sarda no nariz. 

- Duas garotas desaparecidas ? 

- sim, e estamos sem tempo - digo gesticulando nervoso.

- seguimos a pista de um monstro antigo.. - resmunga a garota - talvez estejamos indo para o mesmo lugar. Vou ajuda los a encontrar suas amigas.

Um misto de alivio e pânico se mistura dentro de mim, estávamos ficando sem tempo. 

- Alguém pode me soltar? - resmunga paco ainda tentando sair da árvore.

- Capitã - diz outra caçadora se aproximando  - mais a frente, monstro. 

A garota se vira e segue a diante e a seguimos logo após soltar paco, entrando cada vez mais na floresta, chegamos a uma pequena clareira onde um cara grande e musculoso sentando em um toco de árvore faz uma lança com um pedaço de madeira. 

As garotas armadas de arco e flecha se separam e seguem em silencio e fazemos o melhor para não atrapalhar. Espero o ataque mas quando a primeira flecha é disparada e as caçadoras invadem a clareira, o chão se abre em uma grande armadilha e todas são pegas em redes suspensas. 

- Há, o resto da minha festa chegou. - diz o monstro levantando a cabeça sorrindo. - pensei que seriam apenas 3 garotos, mas vejo que consegui mais 15 garotas guerreiras! vão servir ao meu proposito. 

- Quem é você e o que quer? - Exige a lider das caçadoras.

- Eu quero liberdade. - diz o monstro sem rodeios. - isso aqui não chega a ser uma grande parte de mim, só uma pequena amostra do que posso habitar.. até ter realmente minha liberdade.

Filha da Neve - ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora