Sabe aquele lugar onde você se sente bem? Pois é. Esse é o lugar que eu mais amo: o jardim abandonado de uma mansão em ruínas. Ele não esta mais abandonado,pois tenho cuidado dele na maioria do meu tempo livre. Minha mãe acha que é perda de tempo eu vir aqui, então eu falei que eu não viria mais. Mas não dá. O lugar me acalma melhor do quer qualquer outra coisa ou pessoa.
Quando cheguei no jardim, joguei minha mochila na grama e fiquei escutando música pelo celular. Deitei na grama e fiquei olhando as nuvens.
"Eu sou tão horrível assim?"
Eu tentava ser legal com todos, ajudava as pessoas nas matérias que eu entendia... mas por que com a Marisa era diferente?
Adormeci deitada ali. Acordei com um barulho do mato se mexendo. Resolvi ir embora. Eu cuidava daquele lugar, mas ainda era um local abandonado para o restante das pessoas. Podia ser um bandido. Peguei minha mochila e sai correndo para o carro.
**************
Subi as escadas, mas parei no caminho.
-Elizabeth!
-Oi mãe.
-Onde você estava?- ela estava vermelha de raiva.
-Na escola- menti.
-Não estava não. A diretora me ligou perguntando se você estava bem,pois você tinha discutido com uma colega.
-Ela não é minha colega.
-Não mude de assunto! Você foi para aquele jardim imundo de novo não foi? O Stefan ligou super preocupado querendo saber o que houve.
-Droga! Me desculpa mãe.
-Vá tomar um banho bem rápido, porque temos um almoço para ir. Ou você esqueceu disso também?
-Lógico que não mãe.
Mas eu tinha esquecido.
Subi as escadas com muita pressa. Hoje eu ia fazer um ano de namoro com o Stefan e íamos jantar todos juntos. Nem deu para eu falar com ele hoje. Nem comprei um presente. Que péssima namorada eu sou.
Tomei um banho, coloquei um vestido azul marinho,um salto alto preto e joguei meus cabelos para o lado. Peguei uma carteira e coloquei meu batom vermelho lá dentro.
"Cadê meu celular?"
Desci as escadas correndo e quase trombei com minha mãe. Ela estava com os cabelos loiros soltos, um vestido longo vermelho e uma maquiagem bem simples. Meu pai estava ao lado dela com o seu típico terno preto e com uma gravata verde escuro.
-Mãe você viu meu celular?
-Não vi não, mas depois você procura. Já estamos atrasados. O Stefan vai...
-Ai!- eu gritei e coloquei a mão no pescoço.
-O que foi minha filha?- meu pai foi até mim.
-Senti uma dor aqui... bem onde eu tenho minha marca de nascença.
Meus pais se entreolharam, e minha mãe disse:
-Depois vamos ver isso. Elizabeth, vá indo lá para fora...vou falar um segundo com seu pai.
Obedeci sem reclamar. Sabia que não devia questionar minha mãe. Meu pai fala que eu puxei minha teimosia dela.
Enquanto ia para fora de casa, fiquei pensando o por quê da minha marca de nascença ter doído, na verdade a não doeu, ela ardeu. A marca era dois pontos um do lado do outro. Eu brincava com meus amigos dizendo que fui mordida por um vampiro quando era pequena.
Quando cheguei do lado de fora, sentei em um banco na frente da casa e escutei alguém gritar meu nome.
-Elizabeth!
-Robert?
E, para ser sincera, ver Robert ali me surpreendeu mais que tudo. O que ele queria? Me insultar mais?
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Descobertas Vampirísticas (Revisão)
ChickLitConta a história de uma adolescente, que ao completar 19 anos descobre que é uma...VAMPIRA Na história rola revelações, romance, suspense...de tudo um pouco. Se aventure com Elizabeth em um mundo em que os vampiros estão rondando por ai.