Nunca inútil

Único

Já vai fazer 264 dias, dês do dia que fui embora da vila da folha ao lado de sasori da areia vermelha. Ele me propôs uma oferta tentadora e não pude resistir e aceitei. Claro que me arrependo as vezes, ter jogado minha vida fora para seguir um criminoso procurado por todo mundo ninja.
Eu tinha um futuro, talvez pudesse enfim se casar com aquele que sempre fui apaixonada, teríamos tido uma linda filha e talvez uma família feliz.

A um tempo atrás

Estava a caminho de casa, tinha acabado de terminar de tratar os ninjas feridos que vieram hoje a tarde. Houve um ataque está manhã, onde seis dos nossos ninjas, se feriram gravemente. Eles não souberam explicar o que havia ocorrido mas já estavam investigando o local para tentar descobrir. Mas pelo o que entendi, aconteceu uma emboscada, seis contra dois. Mas não fazia sentido, uma dupla de prováveis ninjas atacar, apenas por diversão.
Afastei meus pensamentos, colocando minhas mãos dentro de minha bolsa a procura das chaves.
Quando as achei destranquei a porta e entrei na casa. Tranquei, e guardei as chaves numa pequena vasilha redonda de vidro que tinha a cima duma mesinha ao lado da porta enquanto tirava meus saltos.

– cheguei...– um silêncio rondava a casa, aquilo me despedaçava. Sonhei minha vida inteira acreditando que poderia me casar com o homem que eu acreditava ser minha alma gêmea, que teríamos uma família, e poderia realizar seu desejo de restaurar seu clã, mas novamente nem isso fui útil, mesmo me esforçando e ajudando a todos eles continuam me diminuindo. Coloquei minhas mãos em meu rosto escondendo as lágrimas que caiam sobre minha roupa e molhavam minhas mãos.

– isso é tão ridículo, como uma garota como você, pode ter me derrotado? – me levantei rapidamente com meus punhos cerrados esperando o dono da voz aparecer. – apareça, quem é que você seja. Não tenho medo –

Narrador

A rosada se virou para trás dando de cara com uma figura no canto escuro da sala. As luzes da casa apagadas, deixava seu semblante irreconhecível, deixando a mesma confusa.
O desconhecido saiu das sombras, revelando-se ser, akasuna sasori.

– Sasori da areia vermelha, pensei ter te matado, junto de sua avó – Sakura semicerrou seus olhos, apertando mais seus punhos.

– Por quase. Você é forte devo admitir, além de ter conseguido achar a cura, do veneno que criei. – sasori continuava com sua falta de emoções. Sério como sempre.

– o que você quer aqui sasori? – sakura aproximou sua mão a kunai que tinha no cinto de sua coxa. Esperando alguma ação do boneco de madeira.

– eu quero você, haruno Sakura. –

Presente

– vamos Sakura. Se continuar demorando demais, vou te deixar aqui sozinha. – disse o ruivo, parecendo impaciente.

– me desculpe – a rosada correu em direção a sasori que estava lhe apressando. – sasori...eu...eu gosto de você, mas não é como se você se importasse. Já que você é uma marionete – suas bochechas estavam ruborizadas, mostrando sinal de vergonha, mas logo seu semblante tranquilo foi substituído por um triste. Ele a encarava com seus olhos castanhos sem vida.

– Sakura, eu realmente não ligo pelo o que você sente ou deixa de sentir por mim. Você só será mais uma das minhas Marionetes. Mesmo você sendo útil esses dias me ajudando com meus novos venenos. Mas se isso lhe faz se sentir bem, se você fazer parte das minhas Marionetes, você será a minha favorita. – a rosada nunca saberia se Sasori estaria dizendo a verdade, ele era tão confuso mas ela estava adquirindo sentimentos por ele independente de todo o resto. Não se importava em ter seus sentimentos retribuídos, já esperava uma reação parecida vinda dele, mas apesar disso, se livrou de um peso que estava carregando. Já sabendo seu destino deu um sorriso e voltou a caminhar ao lado do ruivo.

– Não se esqueça que não tenho coração. Então não espere que retribua seus sentimentos. Além do mas, você é apenas minha parceira de laboratório. Sakura, diferente dos seus ex companheiros de equipe, eu reconheço seu real valor. Você realmente é tão descartável quanto um papel, mas nunca tão inútil quanto pensavam. – essas foram as últimas palavras de sasori antes de entrarem a uma caverna onde se encontrava os membros da akatsuki.