Não posso esquecer da sua pele, seu cabelo sobre meu peito, não posso esquecer seu toque suave, suas carícias, seu corpo meigo e pequeno a me receber. Não peça para que eu apague da memória tudo que vivemos e sentimos por que seria o mesmo que arran...
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Victoriano: e não gosto só achei propício ao momento... está disposto a enfrentar tudo para ficar com aquela garota? - ele perguntava mais para si mesmo do que prao filho, ele teria contagem de enfrentar até Inês para que ambos pudessem ficar juntos?
Continua...
Atílio: me diga uma coisa papai... se fosse o senhor... não estaria disposto a ficar com a mulher que ama? Não lutaria até com ela mesma para terem um futuro juntos?
Victoriano: eu não sei meu filho - suspirou cansado, como lutaria com alguém que mostra claramente não o quer?
Atilio: pois não é amor papai... por que se fosse os dois lutariam por esse amor...
Victoriano: talvez não seja... - não da parte dela, já que ela nunca disse que o amava - como você conseguiu... que ela lhe dissesse que te ama? Vocês tem tantas coisas os separando... o acidente...
Atílio: exatamente... foi um acidente eu nunca teria atirado se tivesse visto ela... nem que o senhor me obrigasse...
Victoriano: eu também não a vi, nunca teria feito aquilo... só para você ficar sabendo.
Atilio: eu insisti muito papai até que ela me disse sim... foi uma longa luta que valeu apena... - sorriu lembrando da sua amada, ele olhou para o pai que sorria também com cara de bobo - o senhor está apaixonado? - perguntou confuso.
Victoriano: não diga besteiras... eu não amo ninguém... tranquei meu coração a muitos anos... vá para a fazenda, eu vou resolver umas coisas - ia era esperar a sua morenita onde sabia que ela sempre ia, hoje falava com ela nem que tivesse que invadir o quarto dela.
Atílio sorriu e tomou outro rumo, era um ótimo momento para esperar a sua amada...
...
Inês: papai... por hora está bom... amanhã continuamos... está muito quente - ela falou cansada - vamos deixar os homens aqui e vamos almoçar... vocês já sabem o que fazer... mais tarde eu mesma venho olhar o serviço.
Os homens concordaram com ela.
Juan: podem ir... eu vou ficar aqui... - falou emburrado como sempre, odiava estar errado.
Elena: vamos niñas deixem esse ranzinza aqui... vou mandar o almoço de todos - ela se afastou com as duas.
Inês: mamãe... vou cavalgar um pouco estou com muito calor - ela sabia que a razão desse fogo todo era falta do maldito rufião.
Elena: cavalgar mi hija? Sabes que no puede...
Inês interrompeu a mãe com raiva, Victoria olhava para as duas com curiosidade.
Inês: é rápido mamãe... não se preocupe - saiu com raiva, subiu em sua égua com cuidado, não arriscaria a vida do bebê que crescia em seu ventre e saiu em um galope leve.
