18 • Atlântica

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Sabina:- Sério que tem um longe debaixo d'água para entrar num Reino Submerso? Isso é tão terráqueo - reclama pela milésima vez.

Sabina esta o caminho toda frustada, enquanto eu estou observando tudo a minha volta, eu já estive aqui antes, de alguma forma mais estive.

Tudo aqui parecia ter tecnologia, até mesmo a ponte, consigo sentir energia nela.

De qualquer forma até as algas aqui são diferentes, mas ao mesmo tempo lindo. O diferente é lindo, as pessoas só não conseguem perceber isso por medo.

Baruc:- Essa é a entrada de Atlântica, Sabina. Aqui eles fazem reconhecimento facial, só entra quem tem autorização. Os Reinos Submersos já estiveram em guerra por muito anos. Maitê que conseguiu resolver tudo do jeito dela, óbvio que nossa Rainha não gostou da irmã mais nova se metendo - explica.

Então a Rainha tem irmãs? Porque de alguma forma eu já sabia disso?

Passamos pela ponte graças ao guardião, ele fez um sinal para o homem que estava lá e nos deixou passar

Por trás dos muros que separam o Reino do resto do mar tudo é diferente.

Pessoas na davam pelas "ruas" calmamente enquanto guardas cuidavam de cada parte daqui. Um dos guardas ajudaram uma garotinha aparentemente perdida.

Aqui tudo era calmo, as pessoas daqui tem paz, diferente da Terra firme que só vive em guerra. Mas Baruc disse que a um tempo os Reinos submersos estavam em guerra também.

Mas aqui nem tem vestígios de guerra.

Sabina:- Dios mío, y aquí pensé que era solo un barco viejo - diz em espanhol e todos nem tentam entender.

Uma garota se próxima de nós e encara Balta surpresa. Será que ela é a tal ex namorada dele?

Ela é linda, com pele pálida, cabelos loiros - um degrade na verdade - olhos azuis, boca e bochechas rosadas, seu rosto era muito delicado. Provavelmente ela não passava dos treze anos.

- Oque ta fazendo aqui? Sina te expulsou - a garotinha abraça Balta -  Pensei que nunca mais o veria. Briguei tanto com Maitê!

Balta:- Eu devo ser expulso novamente, só vim ajudar meus amigos com umas coisas - a garota solta ele do abraço - Sabe onde Sina ta? Preciso falar com ela.

Fecho meus olhos por um instante e vejo uma garotinha de cabelos cacheados nadando atrás de um garotinha loira, ela não se passavam dos seis anos, mas nadam uma atrás da outra como se só dependesse disso.

- Sinaa! Eu ainda não sei nadar igual a você, poxa.

Ouço a garotinha de cabelo cacheado falando. Esse voz é minha! É a minha voz de quando eu era pequena.

Grito e sinto tudo girar. Eu já estive aqui? Como? Eu nem sabia que Atlântica existia!

Josh:- Any! - corre até mim e me segura - Fala comigo, oque ouve? Any! - grita mais não respondo.

- Ai meus Deus! Deixa que eu levo ela, Any, não feche os olhos.

Tento não fechar os olhos mas é em vão, fecho e adormeço.

Novamente vejo a garotinha loira e a cacheada, mas agora elas estavam mais velhas, e a cacheada segurava uma bebê de um ano no máximo enquanto a loira segura a mãozinha do mesmo.

Sina:- Eu vou sempre proteger a Filipa, ela é minha irmãzinha! - promete.

- Eu também sempre vou protegê-la, se alguém ousar machucar ela quebro o pescoço! Igual meu papai faz! - a garotinha cacheda fala

Saga Ignis - AtlântidaOnde histórias criam vida. Descubra agora