Near on
-Você não é tão estranho assim.
Ouvi Mello começar,e eu o encarei com as sobrancelhas arqueadas.
-Eu estou tentando. Quer dizer... faz uma semana que você me disse tudo aquilo,e... Você me colocou para pensar. Estou tentando ser seu amigo,então facilite também.
O garoto se explicou,e eu ri baixinho.
Já era alguma coisa,normalmente,ele nunca se explicava,ele pouco se importava com o que os outros pensavam,ou o que eu achava.
-Mello,o que está fazendo com esse esquisito?
Sinto meu corpo se encolher automaticamente,ao ouvir a voz do melhor amigo de Mello,Mail Jeevas.
-Ah,Matt,dá uma segurada aí.
-Uma segurada? O que você-
-A partir de agora,não mexemos mais com Near,nem com o outro esquisito-
-Mihael.
Chamei sua atenção.
Afinal,L é meu melhor amigo.
-Quer dizer,nem com o amigo dele. Qual o nome dele mesmo? L Lawliet, né? Que seja.
Ele deu de ombros,e saiu andando,com Matt em seu encalço.
-Como foi?
Sorri pequeno,ao ouvir a voz de meu amigo ao meu lado.
-É,acho que bem. Quer dizer,parece que ele está se esforçando para ser alguém melhor. Acredito que não terei mais problemas.
Suspirei aliviado.
-Que bom. Esse é o meu último ano aqui nesse colégio,e não queria sair daqui,sem saber se você ficaria bem.
Meu sorriso desmanchou,ao ser lembrado de que logo,não teria L ao meu lado.
-Eu nunca mais vou ver você.
Disse baixinho.
-É claro que vai. Eu sei onde você mora,e você sabe onde eu moro. Nós vamos continuar nos vendo.
-Você promete?
Perguntei,sentindo meus olhos lacrimejarem.
-Eu prometo.
Ele sorriu,cuspindo em sua mão,e estendendo para mim,me fazendo encarar ela com certo nojo.
O que ele queria,afinal?
-Você não quer que eu-
-É só uma promessa,vamos,Near.
Ele pediu,e eu revirei os olhos,repetindo seus atos,observando toda aquela bagunça nojenta em sua mão,antes de apertarmos as mesmas.
-A sua pele é tão branquinha...
Eu olhei para trás,ao ouvir a voz de alguém desconhecido.
-É...Sim?
Perguntei,franzindo o cenho.
Era o ano seguinte,estava com meus 14 anos,Mello e Matt 15,e L 16,já não estando mais no mesmo colégio que nós três.
-Meu nome é Matsuda. Agora,você não tem mais o seu amigo para te defender,não é?
Ele perguntou,enquanto segurava em meus pulsos,os apertando com força,o que fez meus olhos se encherem de lágrimas.
-M-Me solta,por favor.
Eu pedi,sentindo a primeira lágrima escorrer por meu rosto,mas ele não parou.