You're My Star | Taegyu

하나

Deitado em sua cama Beomgyu se permite chorar, depois de um longo dia exaustivo ele se encontra num estado devastador, tanto seu corpo quanto sua mente se demostram fragilizados.

O garoto cuje passa o dia sorrindo, trazendo alegria aos amigos e fazendo graça de tudo a sua volta, passa noites em claro se perguntando o valor da própria existência.

Ele sabe que não pode desistir, só que está cada vez mais difícil suportar toda pressão que o cerca, a ansiedade toma conta de sua mente e o tortura, fazendo ele acreditar que nunca poderá encontrar uma saída para esse pesadelo que ele chama de vida.

Agarrado em seu ursinho de pelúcia, ele deixa todo mal que invade seu coração sair por meio das lágrimas -uma cena que muitos conhecem.- até acabar caindo no mais profundo dos sonos, deixando sua alma sair e vagar pela imensidão deste mundo hostil.

Beomgyu ou melhor dizendo a alma de Beomgyu, vai até o lago senta no chão e fica a observar as estrelas;verdadeiras donas da noite.

Estrelas tem tanta sorte -pensa ele- elas ficam ali, transformando o céu numa obra de arte, qualquer um pode parar e admiramos-las e depois ir embora sem esperar nada delas, nem ao menos vão ligar se na próxima noite elas estarem num lugar diferente.

-Estrelas são tão encantadoras!

- Eu concordo!
Uma alma de um garoto que estava sentado próximo dele diz; como eu não havia reparado na presença dele antes?

- Acho estrelas fascinantes, sabia que algumas estrelas que vemos hoje já se foram?
Continuou o garoto a falar.

- Não, eu não sabia disso.

- A luz delas demora muito tempo para chegar até nossos olhos, sendo assim algumas das que vemos hoje já não existem mais.

- impressionante.

Depois disso ficamos conversando sobre outros assuntos, contei para ele como me sentia e ele me contou sobre alguns problemas que estava passando e quando menos percebemos estava na hora de voltar novamente para nossos corpos, antes de partimos prometemos que faríamos todo o possível para nós vermos nas próximas noites.

Mas os garotos haviam esquecido de um detalhe-sempre que voltam para seus corpos se esquecem de tudo que há alma havia vivido fora dele;porém não esqueciam dos sentimentos vivenciados, estes ficavam em seu eu mais distante, na parte onde separam a vida e morte.

De volta ao seu corpo, Beomgyu, vai contra sua vontade e levanta da cama, indo em direção ao banheiro ele cruza com seus próprios olhos refletidos no espelho.

Encarrando a sua face ele da um leve sorriso, dizendo em seus pensamentos que tudo ia ficar bem, não importava o quão machucado esteja, sempre deve se manter firme, afinal há pessoas que estão contando com ele.

No fim do dia, antes do sol tocar o solo do outro lado do mundo, Beomgyu vai até o parque, saindo um pouco de sua rotina diária e cansativa ;onde lá fica aproveitando a leve brisa do outono.

Fechando os olhos para se sentir conectado com a natureza a sua volta, apenas ouvindo o som do vento e de algumas vozes de longe que soavam quase como um sussuro, ele se sentia aliviado por aguentar mais um dia.

Ao sentir um suave toque em seu ombro olha rapidamente para trás e vê seu amigo Taehyun, os dois ficam um tempo ali, parados, sem se preocupar com nada.

Teahyun nota algo no amigo, não sabia direito o que era, mas, conseguia ver entre seus sorrisos que ele não estava bem.

O céu já estava escurecido, a lua com seu falso brilho, estava cercada por varios pontinhos que tinham emitiam luz própria.

-Beomgyu, você é a minha estrela.

- Eu sou?
Ele diz fazendo uma cara de confuso.

- Sabia que algumas estrelas que vemos já não estão mais vivas? Mas elas ainda ficam brilhando.

Uma sensação estranha toma conta de beomgyu, ele tinha a impressão que já havia vivido um momento assim antes, e taehyun sentia algo parecido, ambos ignoram esse sentimento e guardaram para si.

-Estrelas mortas continuam brilhando.
Taehyun diz olhando diretamente para Beom, sabendo o significado oculto dessas palavras, ele apenas sorri.

- Acho que "eu sou uma estrela" então.
Beomgyu comenta retribuindo o sorriso do amigo.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .