Ser apaixonado por alguém que não pode ter é algo que dilacera um coração ao ponto de fazer o dono o arrancar do peito para que nunca mais sinta um amor daquela maneira. Mas ter alguém até se apaixonar e depois perder é como experimentar o céu e logo depois descer diretamente a um inferno sem fim, um limbo que não permite que o amor entre novamente no peito. O peito de Norris ardia apenas por escutar o nome daquela que foi o grande amor de sua vida, se lembrava do ensino médio como se fosse naquele ano, as memórias ainda vivas demais em suas lembranças. Dos olhos dela, os cabelos castanhos voando enquanto dirigia seu Mustang até a casa dela, os sorrisos que eram dados em sua direção e os beijos de despedida quando ela corria até a porta da enorme casa que ela vivia. Norris não esperava que um dia aquele beijo seria o último, assim como o olhar e os cabelos voando, foi a última vez que ele a viu, a última vez que sentiu que o coração em seu peito servia para algo além de bombear sangue para seu corpo. Foi a última vez que amou alguém. Que amou ela.