Em um universo escondido atrás das obras mais famosas do mundo, onde todas as vertentes artísticas viviam em harmonia, num lugar em que cartas ainda eram o único meio de comunicação e as telas ainda não haviam sido substituídas pelas fotografias, o mal se alastrava pelas mãos de um rei ambicioso e preso num labirinto de insanidade. Assim que os pintores ilustraram rostos doentios, quando as cartas amaldiçoaram almas a milhas de distância, quando os dedos sangraram nas cordas dos violinos e os palcos suplicaram por trégua, os oito herdeiros perdidos despertaram em terras mundanas.
Com sangue dourado correndo em suas veias, sem conseguir se recordar de seu nome e seu passado, Amicia di Laurentis vê a si mesma jogada no chão de um museu parisiense, sem saber para onde ir ou a quem recorrer. E então, com a ajuda de um misterioso homem de olhos lilás, a primeira dos herdeiros perdidos atravessa uma pintura e cai de encontro ao território medieval de Ignifer. Onde raposas falam e a arte pulsa.
Onde vai encontrar seu destino heroico.
Onde terá que mediar suas escolhas para a salvação do povo.
Onde estará a um passo de encarar sua própria morte.
"Poetas têm a lábia de uma cobra.
De suas línguas sempre escorrerá veneno.
Uma única vez em toda minha vida, não usufruirei de suas palavras.
Nenhum deles é real.
Nenhum deles tomará meu lugar.
E aos que tentarem, que marchem em direção ao esquecimento."
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