Pensando em desistir de achar um caminho para fora da assustadora, e escura, floresta, o menino sentou-se na grama — entre as muitas trilhas que o confundiam conforme tentava, inutilmente, retornar para seu lar
Com o choro pronto em sua garganta, o jovem rapaz pôs-se a derramar suas lágrimas, soluçando baixinho pelo medo que lhe afligia
Subitamente, de entre as árvores, brilhando pálida como a lua, uma figura surgira. Vira a galhada alta e bonita branca como as pérolas dos colares de sua mãe. Olhos leitosos como o líquido que enchia seu copo todas as manhãs. Tinha passos silenciosos, calmos ao cruzar o caminho até o menino
O exuberante cervo de estrelas parou diante si — sua luz colorindo a mata de um tom azulado e pálido. Era um calor frio, embora fosse mais confortável que a brisa medonha da floresta. E, ao olhar nos olhos do ser encantado, sequer sentira medo do que via, apenas maravilhado com a criatura vinda de seus livros de fadas
O menino se levantou quando o cervo movera suavemente a cabeça, mandando que o fizesse. A criatura de luz parecia vazia como um reflexo na água, aproximando-se mais para que o menino toque suas costas
Regulus deslizou a palma pela pelagem translúcida e quase imperceptível — quase sendo incapaz de tocar o ser mítico que havia encontrado
Sem uma única palavra a proferir, o menino seguiu obedientemente ao cervo encantado, que caminhava lentamente em seu ritmo infantil
Quando reconheceu o caminho de casa, o cervo desaparecera como partículas brilhosas sob sua palma, deixando uma pequena marquinha de uma galhada elegante contra sua pele
Nunca deixando-o se esquecer do ser encantado, ou sequer acreditar que fora um sonho