CVII
Como ousa dizer tamanha estupidez?
Como poderia eu amar-te tanto e te deixar? Recuso-me recuar; compreenda que minha natureza não se remete a desistências. Lutarei até que não mais me deseje.
Larguei-me do mundo para observar-te. Tuas lágrimas são minhas, tua dor é minha, tua alegria é minha. Menos tu, ou era o que eu achava.
Pare agora de se desmerecer, é um absurdo pegar a telesma que és e resumir assim, de forma tão hedionda.
Venha aqui agora e me confirme. Não temo nada, e tudo sinto. Toque-me amor, toque-me com força. Não tema, não sou frágil, é assim que eu gosto.
Se tu és a morte, afirmo agora, que sou o submundo. Teu lar. Tua morada.
Se tu és suicida, sou seu penhasco; atire-se e te receberei em queda infinita e sem volta.
De assassino a assassinado. De amor a amado.
Esse é o perigo que nos cerca querido; tenho consciência e quero continuar.
Tu jamais me obrigou a sentir, mas sinto. Meu coração bate nó(s) no peito; então abstenha-se da culpa total, pois não dá pra amar sozinho, então eu amo com você.
Ande para onde quiser, viage para todos os planetas, passe o tempo que precisar, e quando voltar, receberei-te saudosa; molhada de lágrimas e amor.
A vida é um passeio, e não será ele que fará os meus sentimentos diminuírem; duvidas do meu amor?
Sei que sou inconsequente e aloprada, mas guardo esse sentimento como verdade genuína, e certeza absoluta.
O amor é a própria morte; assim, espero-te em meu enterro.