Fiquei muito feliz de assistir Superman no cinema, e não só porque o filme é bom pra caramba, mas porque ultimamente (nos últimos anos) olhava para um personagem meu, o Aghi de Ômega, e pensava: "o mundo não tem espaço pra essa bondade excessiva, os leitores vão odiar esse personagem."
Eu sai do cinema com um quentinho no coração quando soube que o filme está fazendo sucesso. É muito bom escrever personagens de todos os tipos, do mais cruel ao mais cético, mas também é muito bom saber que uma figura inocente pode sim existir e que as pessoas vão gostar dela.
Acho que no mundo em que ninguém confia em ninguém, e que tudo precisa ter uma motivação pessoal (até a felicidade virou produto de massa), é bom sim saber que alguém pode considerar o bem estar do próximo acima da sua própria segurança.
No caso de Ômega, quem leu sabe que é um universo muito violento e cheio de crueldade e ganância, quando escrevi o Aghi queria mostrar que algumas pessoas são tão a frente de seu tempo que conseguem ter empatia em um nível que nem todos podem entender.
Papo besta, né? A gente vai ficando mais velho e mais nostálgico...