Matando Gigantes foi escrito entre maio e julho de 2013, ontem quando peguei o capítulo de sexta para revisar, notei as coincidências e a atualidade.
Trechinho do diálogo entre o superintendente de segurança da nave e o lider haitiano.
" - Vi pela janela as suas intenções, seu terrorista de merda! – grita. - Escute com atenção. Primeiro vou mostrar a todos este minirrobô. – Coloca sobre a mesa a foto do pequeno veículo. - Depois vou explicar que ele foi fabricado com mini equipamentos. Estes mini equipamentos produzem fios de seda trançados com uma liga metálica. Os únicos que podem ter produzido esta seda e as miniaturas, são os apicultores e criadores de borboletas que ficam acima da sua região. Mentira, claro, mas muito boa, não? Posso mandar dizer que são comunistas. É uma palavra em desuso, mas pode servir. Estereótipos são como açúcar para os ignorantes. Com que propósito os minirrobôs foram produzidos? Criar mártires e insuflar uma revolução comunista. Percebe? Escolhemos a dedo quem traríamos para dentro da nave. Não existiu ou vai existir espaço - bate na mesa - para pensamentos comunitários - bate novamente - seja aqui na nave ou lá na Terra2. Nunca. O poder sempre esteve acastelado, não estou dizendo de muros de pedras e torres, porque, como já aconteceu antes, eles viram pó facilmente. Nem de poder econômico, dinheiro passa de uma mão para outra. O castelo da rede de influências, dos aduladores. Nós gostamos que acariciem nossos egos, mais do que sexo. Muito mais. Precisamos da sua audiência, das pessoas nos ouvindo. Elas são nossas, não sua. A audiência nos pertence. – Mathias fala como se já fizesse parte do comando. É a sua chance para deixar de ser um "limpador de latrinas" e sentar no salão de mármore."