Boa noite! Espero não estar incomodando; mas me deparei com o seu livro e achei a temática dele muito interessante e já até o adicionei na minha lista de leituras. Irei adorar lê-lo.
Eu também gosto de escrever livros históricos. Atualmente estou publicando uma obra: A Vida de Seu Aluísio Dias, que mistura realismo e romance, de vez em quando. Por favor, se puder, tem como dar uma olhadinha nele e somente votar?
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Vou deixar um trechinho que está no terceiro capítulo. O meu favorito.
Eu era um moçoilo de vinte anos. Nunca tinha pensado em nada: não pensava em estudar, namorar, em beber e, menos ainda, em casar! A única coisa que sabia fazer era pastorear o boi, até que um dia eu vi Maria Rosina pela primeira vez. Ela ia descalça, como a flor do campo, pegar água no poço. Neste dia, uma tempestade de areia sobreveio a mim, então em tudo pude pensar, mas nada pude entender. Ela era a Confusão, a tormenta dos sadios e não-pensantes. Ela não andava: ela requebrava! Quando a vi, parei o Magrelo, meu pangaré, então o gado e nós, os vaqueiros, a contemplamos. Ela era como o sol do meio-dia. Quando a noite chegava, as estrelas e os vagalumes se escondiam porque tinham inveja da sua luz. Quando o nome "Maria Rosina" era pronunciado, os cactos postavam-se diante dela, oferecendo-lhe suas flores; contudo, as recusava, pois ela era a Rosa do Deserto! Com volúpia contemplei aquela imagem e em tudo isso pude pensar. "Não pode ser", disse a mim mesmo "deve ser uma miragem!". Mas, não: era a mulher!