“Muriel sentou-se diante de mim – seu corpo era belo, formas distintas e cabelos negros, olhos azuis e seios fartos, suas unhas estavam pintadas de um roxo escuro, metálico, que variava de intensidade de acordo com a iluminação do ambiente – estávamos em uma espécie de sala blindada, mas eu podia ouvir o barulho ensurdecedor da boate ao fundo, ela tinha um sorriso sádico que não disfarçava em momento algum. Eu estava presa, meus braços e pernas estavam amarrados, as correntes apertavam e machucavam, e ela sabia exatamente disso.
Por um segundo ela abaixou a cabeça e então as correntes se soltaram, não resisti e caí de joelhos no chão:
--Você reconheceu o seu verdadeiro lugar! – disse ela gargalhando, eu estava tão fraca que apenas levantei minha cabeça e a encarei com desdém – Katherine não é mesmo? Sabe quem eu sou?
--Muriel!
--Exato, eu sou a bruxa que irá completar o ritual e destruir tudo o que você chama de lar!”
Inquisição: O Evangelho das Bruxas