Todos me dizem que sou boa com as palavras, consigo definir meus sentimentos, expressar meus desejos e vontades, fazer valer minha opinião sobre esse ou aquele assunto, agora peça para falar sobre mim mesma, para me definir, dá um branco na hora. Sou quem sou e como sou, é isso que costumo dizer, não sou daquelas pessoas desencanadas que vivem de momentos, sou taurina, gosto de segurança, sou sensata, sou pé no chão, mas as vezes me vejo vivendo nas protagonistas dos romances que leio. Me transporto para dentro das personagens e posso ser outra pessoa por 200 ou 300 páginas. Posso me apaixonar por um libertino dos romances de época da Silvia Day, ou pelo CEO sadomasoquista de E L James. Sou uma devoradora de livros, se gosto do que estou lendo leio um livro em uma única noite. Não foram poucas as vezes que amanheci lendo. Mas ainda estou tentando me definir aqui para vocês, e nada do que disse até agora me define. Talvez eu aos 47 anos ainda seja um ser em construção. Se sou feliz? Não sei! Acredito que a felicidade está onde eu decidir enxerga-la. Da minha fraqueza posso dar à luz a minha imensa força. Cada dia há potenciais em mim a descobrir, há barreiras a vencer, há sementes a regar para que possam florescer. E há, principalmente, a aventura do viver, de desvendar os mistérios por trás da vida e por trás de mim mesma. Os meus próprios limites e profundezas. Se gosto do que vejo no espelho? Não sei! Simplesmente olho para aquele reflexo e repito: Sou quem sou e como sou.