Eu vendi minha alma de escritor para a fonética, e o diabo da transcrição me forçou a escrever poesia acústica. Agora eu sou um fantasma no reflexo, do tipo onde as palavras se refletem ao contrário.
E me perguntam - "Maki, Maki! Onde você está?"
Eu escrevo no espelho: "!iuqa uotse ue".
Eles não entendem, pois sou um fantasma no reflexo. Assustados, eles vão embora, deixando este pobre escritor aprisionado.
Se passaram muitos anos, e o tempo vingou com a melhor das peças. O mesmo grupo de jovens do meu passado longínquo gritava de volta para mim:
- /mækɪˈstætɪk/; /mækɪˈstætɪk/;
/mækɪˈstætɪk/!
Como Maria Sangrenta, eu quebro e escapo. E aos meus pés, a liberdade que o diabo me roubou.
- Pelo Espelho
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