Sem Medo, em Mayombe, diz ao Teoria que o única motivo que o deveria privar de confessar seus sentimentos e temores seria se ele fosse escritor, já que poderia colocar suas apreensões na boca e mente de outra pessoa. Eu acho que é o meu caso. Quando eu escrevo, eu grito em palavras tudo o que guardo no meu coração. Quando escrevo, desfaço em folhas de papel toda a pressão sobre os meus ombros, chovo todos os meus pensamentos nublados, sou capaz de criar um mundo em que os meus problemas não existem. Não que eu seja conturbada deles: eu apenas não me expresso enquanto os afronto, e isso causa feridas. 
E escrever é a minha forma de cicatrizá-las. 
 "Sim, me leva pra sempre, Beatriz 
 Me ensina a não andar com os pés no chão 
Para sempre é sempre por um triz 
  Aí, diz quantos desastres tem na minha mão 
Diz se é perigoso a gente ser feliz"
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