Shizun_Ama_Doces

@ Minovisky  também gostei do lance do metaverso, IA. Na verdade, adoro ficção científica, então estou amando ela trazer isso pro romance. Das referências que citou só conheço Matrix. Vou procurar os outros dois. Eu acho que essa pegada tem um quê de Black Mirror também. Tem um episódio (não me lembro o nome) em que os soldados enxergam a realidade tal como na ilha Mandela, é super massa esse episódio. 
            
            Cara, depois que li os trabalhos do Miguel Nicolelis sobre o cérebro não acho possível quebrarmos essa barreira cérebro/máquina. Nossa biologia cerebral não é reproduzível pelo código binário das máquinas. Se vc curte neurociência recomendo demais o Nicolelis. Óbvio, que essa barreira está dada atualmente, se conseguirem supera-la de alguma forma ainda totalmente desconhecida a história muda de figura hahahaha.
            Mulher, eu que te agradeço a interlocução, trabalho nenhum. Adoro conversar contigo. Está tornando minha experiência de leitura muito mais divertida 

@ Shizun_Ama_Doces  pois é,e agora com o cap 219,ficou ainda mais claro que a MB usou a questão da doença mental apenas para relacionar com os reais efeitos do cérebro quando se trata de subconsciente e a dinâmica do que é real ou ilusão mas dizer que a saúde mental é o ponto chave da história é bem irrealista. 
            
            Como vc mesmo pontuou, MB sugestiona muitos temas e até mesmo faz uma crítica social ainda que de forma superficial mas daí dizer que é um manifesto é muito exagero. 
            
            Gostei muito da forma como ela abordou o metaverso,faz parecer que ela leu Fundação, Neuromancer ou até mesmo assistiu Matrix que fala muito bem sobre estes temas sobre realidade virtual e IA. Vc pode até observar que a primeira vista, parece loucura mas como explicitado no próprio cap, é uma possibilidade que a longo prazo pode ser realizado. 
            
            E bem, obrigada por ter se dado ao trabalho em ler e responder,seus apontamentos foram bem relevantes e bem,que bom saber que há mais alguém além de mim que ler BAB de forma crítica. 

Olá, Minovisky. Então, eu não concordo com a autora do twitte. Não sou qualificada para falar sobre o movimento antimaniconial, pois tenho um conhecimento muito superficial das suas pautas, mas em BAB essas questões não são aprofundadas. Concordo com vc que a Meatbun usa a doença mental como plano de fundo e centro de desenvolvimento dos personagens no seu romance, mas ela não aprofunda os temas, tal como vc falou. Acho que a obra dá margem para a discussão sobre capacitismo na nossa sociedade, mas não ao ponto de ser um manifesto antimaniconial. Creio que para isso falta justamente o que citou: a sua função social atual e implicações, alternativas, desafios.
            
            Em BAB tem muitos temas: saúde mental, desigualdade social, elitismo, prostituição, machismo, misoginia, abusos da mídia, necessidade de se adequar a um padrão corporal etc. BAB é um romance super legal, bem escrito e organizado para quem gosta do gênero.