Uma jovem senhora escritora

Quando eu comecei a escrever, foi para espantar os demônios da minha cabeça, aqueles pensamentos turvos e pesados que muitas vezes me prenderam em um ciclo interminável de insegurança e dúvidas. Eu mal me dava conta de que estava realmente fazendo algo certo; as palavras fluíam de mim como um rio libertador, e eu me perdi nelas, esquecendo memorias passadas que tanto me atormentavam. A cada página escrita, eu desejava eternamente escrever mais, capturar cada fragmento de emoção que brotava em meu ser. Contudo, logo percebia que tinha que voltar à rotina caótica da vida cotidiana - trabalho, obrigações e as expectativas de outros. No entanto, isso não me fez parar; pelo contrário, a cada texto, a cada parágrafo concluído, eu sentia que estava na trilha certa. Cada mensagem de apoio de amigas, cada áudio enviado com um elogio inesperado, foram como pequenas chamas que iluminavam meu caminho, encorajando-me a seguir adiante nessa jornada literária. Sei que existem pessoas que me observam, algumas delas céticas, pensando que eu não chegarei a lugar nenhum, que meus sonhos são apenas fantasias vazias. Mas não me importo. O que realmente importa para mim é desterrar esses demônios persistentes que habitam minha mente. Escrever tornou-se não apenas um escape, mas uma batalha constante pela minha própria liberdade e autenticidade.