Nota da Autora
Se você está lendo isso, talvez ame histórias tanto quanto eu — seja contando ou devorando. Talvez escreva escondido, talvez deseje escrever, talvez esteja convencido de que nunca foi “bom o bastante”.
Pois vou te contar um segredo pouco glamouroso: ninguém começa bom o bastante.
Nem os seus autores preferidos.
Nem você.
Nem eu.
A diferença entre quem desiste e quem continua não está no talento.
Está na teimosia.
Naquela vontade absurda de voltar para a página mesmo quando o mundo inteiro parece conspirar contra a sua imaginação.
Escrever não é um dom brilhante.
É um tipo estranho de magia caseira: você pega um pedaço de dor, um fiapo de alegria, um fragmento de saudade — e transforma tudo em algo que respira.
Se você já tentou e parou, volte.
Se nunca tentou, escreva a primeira frase hoje — mesmo que ela seja torta, esquisita, tímida.
Se alguém te disse que isso não é para você, prove o contrário só por diversão.
E se algum dia faltar coragem, lembre-se: histórias sempre arrumam um jeito de encontrar quem nasceu para contá-las.
Seja teimoso.
Seja paciente.
Seja um pouco louco.
E, acima de tudo, continue escrevendo — o mundo precisa das suas palavras, mesmo que você ainda não saiba disso.