Eis aqui, o epitáfio de um ser que ainda respira.
"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui."
A Hora da Estrela, Clarice Lispector
- Em busca de essências...
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TRAGO POESIA ACOMPANHADA
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Tais palavras deixadas aqui, não mais me pertencem. Jamais pertenceram.
#625 in fim
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