@imaginaela
Chega um certo momento, em que se cansa de dar murro em ponta de faca. Chega de se machucar, chega de causar minha própria dor. Mas aí, quando resolvi parar de lutar, nada mais faz sentido. Não tem um porque me levantar pela manhã, ou tomar banho para começar o dia mais leve, não tenho porque levantar para mais um dia. Então volto a lutar, pois preciso de motivos, para levantar, para tentar. Preciso de motivos para viver.
"Estava aqui pensando… Você sabe, eu sempre fui dessas que acreditava em uma linda história de amor. Me lembro bem de como imaginei tudo quando te conheci, fiz em meus pensamentos cada detalhe de uma vida inteira ao seu lado, meio louco eu sei, mas era o meu jeito, sempre intensa demais. Fico me lembrando também de como me decepcione, e mesmo assim me pego as vezes (ou sempre) vendo a história por um lado e atitudes diferentes. E se eu tivesse falado o que realmente sentia, e se eu por um segundo, só por um segundo, tivesse escutado os fatos. Mas não, sempre ouvi meu iludido coração. Não o culpo, sempre o alimentei com histórias e filmes de contos de fadas. Nunca mostrei a ele de fato a realidade. Até ele ser partido, por você. Sempre que penso nessa dor entra um doloroso silêncio no meu quarto. O silêncio de sonhos e planos destruídos. Não existe culpado nessa triste história, ou talvez até exista, mas não sei exatamente quem seja. O fato é, deixei de sonhar, de amar, de querer algo, não te culpo, ou não se culpe. Isso foi uma escolha minha."
A.Pimenta
Se for para escrever algo espiritual, que seja, algo realmente construtivo.