kailane alves

Amar você é tão bom, mas sinto que estraguei tudo de bom que tinha nisso.
          
          Nem todos nós somos perfeitos, mas isso não deveria ser uma desculpa, não é?!

A solidão agora é minha única amiga. Todo esse sentimento que ela me proporciona é incrivelmente doloroso e angustiante. Não a culpo.
          
          Quero acreditar que ela faz isso por que se importa. Seria muita ingenuidade?
          
          Me pergunto se algum dia ainda vou agradecê-la por todo sofrimento causado pela sua ignorância. Mas... não a culpo.
          
          Não posso julga-la, por que se eu o fizer, ela partirá. 
          Não quero perde-la, é tudo que me resta.
          
          E apesar da dor... a solidão ainda é minha única amiga. 
          
          
          
          por Kailane
          
          

O medo instalou-se em mim. 
          
          Não sei mais como devo agir... Fingir?
          
          Ah, isso eu faço bem! A máscara que uso é minha companhia nas noites de solidão.
          
          Ultimamente, tudo têm estado tão escuro. O muro que construí para me esconder está prestes a desabar e não sei quem irei ferir.
          
          Por que as coisas estão tão difíceis? E por que sinto todo esse medo? Qual a razão? 
          
          Talvez eu não mereça ser feliz.
          
          É isso o que eu penso todos os dias, enquanto a dor, o medo e a solidão me consomem por completo. 
          
          A coragem que eu sentia e a vontade de viver estão desaparecendo, assim como eu.
          
          
          por: Kailane
          
          obs: texto baseado nas dores de um leitor. 
          que a força esteja com você!

Estou no mar... afundando cada vez mais.
          
          Quanto mais fundo, mais escuro. Minha visão está turva e minha respiração, fraca. Consigo ouvir as batidas de meu coração, que estão cada vez mais fracas e quase imperceptíveis. 
          
          Ouço uma música ao fundo, um som tão familiar.
          
          Ouvindo somente a música e perdendo meus sentidos, está cada vez mais difícil visualizar algo. Algum rosto.
          
          Devo ter esperança de que alguém virá me resgatar desse mar imenso e tão profundo?
          
          A intensidade da música aumenta. Só percebo ela. Já não consigo mais, estou sem oxigênio, há água em meus pulmões.
          
          Só mais um pouco... as notas vão ficando cada vez mais baixas, o som do violino ressoa e depois para.
          
          
          por: Kailane

A dor não é algo suportável. Nós apenas aprendemos a conviver com essa indesejável inquilina que insiste em nos incomodar.
          
          Mas passa! Não a dor, mas sim o desejo que ela desapareça, porque se ela desaparecer, nós também desapareceremos.
          
          Talvez a dor nos mantenha vivos. 

O profundo desgosto do desamor
          
          
          Quando seus olhos encontraram os meus pela última vez, já não senti borboletas em meu estômago.
          
          Quando seus lábios tocaram os meus pela última vez, já não senti o doce arrepio em meu corpo.
          
          Quando o ouvi dizer aquelas três intensas palavras, não soube o que dizer para suprir o vazio que elas causariam se eu não lhe dissesse. Pela última vez.
          
          Antes era diferente, mas agora tudo está confuso.
          
          Me sinto vazia novamente! Será que sou a única culpada? 
          
          Talvez esteja na hora de partir, não é?
          
          Parece que estou sentindo o profundo desgosto do desamor...
          
          ... pela última vez.
          
          
          
          
          Kailane :))

Esse talvez seja um relato de várias mulheres, de todos os lugares... 
          
          
          
          
          As mesmas mãos que um dia me acariciaram, foram capazes de me marcar.
          
          Fizeram meu corpo arder e doer, mas não foi de prazer.
          
          Relutei a aceitar que aquilo não era amor, afinal, o amor não machuca, certo?
          
          Trago comigo, em meu corpo, memórias... todas elas dolorosas, de um tempo escuro e sombrio, aterrorizante.
          
          Sua voz rouca, diversas vezes ainda soa em minha mente, dizendo: por que você não me obedece?
          
          A lembrança de seus gritos são como lâminas perfurando meu abdômen, me deixando sem ar.
          
          As noites que passo sozinha ainda me fazem lembrar de suas mãos em volta de meu pescoço, machucando até meu rosto.
          
          Maldita a hora em que você me apresentou o trauma! Agora ele se instalou... e não sei como faço para manda-lo embora. 
          
          
          — Kailane Alves.

uma cartinha pra vcs!!! escrevi ela antes da pandemia :/
          
          
          
          Veneza, Itália
          16 de março de 1993
          
          
          
          Querido amor da minha vida,
          Como você está? Antes que você se pergunte, não, não esqueci de você e sim, eu sei que já se passaram três anos e que você não tem respondido nenhuma de minhas cartas. Mesmo que eu não saiba onde você está ou se já encontrou alguém, queria que você soubesse como eu me sinto, ou melhor, o que ainda sinto.
          
          Como você já deve ter percebido, eu te escrevo todo dia 16 porque foi nessa data que nós dois nos conhecemos, mas prometo que esta será minha última carta. A carta de despedida.
          
          Ultimamente, minha vida tem sido muito corrida. Tenho cuidado dos negócios de meu pai. Ele, assim como eu, ainda sente muito a sua falta. Vez ou outra ele pergunta se tenho notícias suas e que ele quer que você seja o seu sucessor. 
          Além de cuidar de alguns de seus negócios, tenho dado aula para crianças especiais, mas meu trabalho não tem sido muito reconhecido, o que é realmente uma pena.
          
          Sinto saudades de você, do seu toque, de quando acariciava meu cabelo enquanto estávamos deitados. Só você me entendia, só você me apoiava.
          
          Ah, a Júlia casou-se, estava radiante. Ela me disse que estava ansiosa para ter alguém assim como eu tinha você.
          
          Eu sei que agora você já deve estar casado, então não quero te atrapalhar, não quero ser um fardo. Você sempre será o amor da minha vida, o primeiro homem para quem dei meu amor. Todo ele.
          
          Eu entendo seus motivos de ter ido embora. Não te julgo, mas não posso negar que sofri bastante.
          
          Mas sempre serei sua, sempre te amarei. Lembrarei de cada momento cada risada e cada lágrima.
          Obrigada por ter me proporcionado tudo isso.
          
          Eternamente sua. Eu te amo.
          Adeus.
          
          
          Com todo meu amor,
          Sua garota.
          
          

aí vai um poema p vcs de minha autoria :)
          
          
          
          entre os lençóis, meus olhos não conseguem responder ao meu comando. estão com medo de que, se abrirem, não possam mais vê-lo.
          
          entre os lençóis, de olhos ainda fechados, vejo seus olhos me fitando do outro lado da sala com um sorriso inocente e completamente cativante.
          
          entre os lençóis, ainda lembro de como era seu olhar vendo o pôr do sol, comigo. 
          
          entre os lençóis, ainda te vejo.
          
          e se eu abri-los? 
          
          e se eu abrir meus olhos e você desaparecer? 
          
          e se eu esquecer dos traços de seu rosto?
          
          e se eu acordar e estar sozinha, entre os lençóis?
          
          e se...