Parte 4 (espero que seja a última):
Valanthe foi embora com os orcs, adotou um novo nome para si mesma, escolhendo manter Valanthe como algo só para pessoas próximas. Só para sua família. Para todas as outras pessoas, ela seria Selene.
Mais alguns anos se passaram e ela decidiu voltar para casa, mas o que a recebeu quebrou seu coração. O que antes era um local com vida e alegria, agora estava morto e parecia ter uma nuvem negra em cima. Haviam sinais de luta pelo local, mas apenas isso. Nada havia restado das pessoas que moravam ali.
As árvores ao redor estavam chamuscadas, como se tivessem sido queimadas a pouco tempo, o solo estava firme sobre os pés de Selene, e a aura que preenchia o lugar a fazia querer sair correndo, mas o medo paralisa seu corpo, impedindo-a de se mover.
Ele vasculhou tudo ao redor, tentando encontrar qualquer vestígio da família, contudo a única coisa que ela encontra é a flauta, a bendita flauta que sua mãe guardava com tanto carinho.
De alguma forma, ela sentia que se ficasse ali muito tempo, todos os sentimentos bons que ela um dia teve, seriam levados embora. Todas lembranças que ela teve ali seriam esquecidas.
Por isso, ela não demorou a sair daquele lugar, mesmo que seu coração estivesse em pedaços e as lágrimas não parassem de sair de seus olhos.