—Eu estou tentando, eu juro que estou. Me perdoa, Tine. Por favor, me perdoa. — Eduardo se encolhia cada vez mais nos braços pequenos que Constantine, ele tinha medo de perde-la. Na verdade, Eduardo tinha muitos medos.
— Eu sei que você tenta, mas tentar sozinho não vai adiantar muita coisa. Você sabe disso. — Ela o apertava com seus bracinhos e mentalmente ela suplicava por mais força, por mais graça para ajudar a única pessoa que realmente a amou de verdade. — desculpa por gritar com você — ela beija o topo da cabeça de Eduardo.
— Não deveria se desculpar, eu já fiz e faço pior com você. — ele aperta a cintura dela com delicadeza, como se pudesse quebra-la com um pouquinho mais de força.
— Eu sei que faz e é errado. Eu gritei com você e mesmo você merecendo eu continuo achando que é errado. Não por você me tratar de um jeito ruim que eu vou te tratar da mesma forma. Se eu fizesse isso eu não estaria sendo eu. Me desculpa.
— tudo bem. Eu tenho vergonha de pedir desculpa pela milésima vez mas, me desculpe. — ele deita a cabeça no peito de Constantine e os dois se moldam para deitarem um ao lado do outro.
— Eu te amo, Eduardo. Mude logo, eu preciso que você volte a ser o meu Eduardo.
— Eu vou mudar e até esse Eduardo aqui é seu também.
— Eu não me orgulho de ter ele — eles riram.
Ela o beija e no tocar dos lábios Eduardo deixou uma lágrima solitária escapar e novamente o medo de não conseguir e acabar a perdendo lhe envolveu.
— Me perdoa por ser assim, Tine. Me perdoa. Eu não queria que passasse por isso comigo.
— Eu estou aqui por querer estar. Não pense que vejo isso como obrigação.