Escrever é algo me domina. Sempre foi assim, e hoje, através dessas tentativas, escrevo. Escrevo porque na escrita me sinto, eu sinto. E sentir, bom, é um dos maiores prazeres do ser, do ser humano. Para entender o que se passa e o que te cerca. E eu, bom, eu vivo de sentires. Às vezes eu tenho vontade ser menos intensa, só pra poder entender como o resto do mundo aguenta essas coisas que me devoram permanentemente e de uma forma tão absurda.  Independente das coisas que nos circulam, sejam boas ou não, eu vivo nessa crença de que ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas.. Sempre! De mim, tudo o que posso dizer ao certo é isso, decifra-me, mas não me conclua, eu posso te surpreender. Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada dia. Eu vivo me completando... mas falta um bocado. falta muito. Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra - a entrelinha - morde a isca, alguma coisa se escreveu. Para me defender, eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade. E a questão é só essa, eu sou uma completa incógnita. E como se fosse o mais certo, não se preocupe em entender. viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. B R I L H E !