Sempre gostei de escrever, tanto para me expressar como para desabafar aquilo que, dentro de mim, sempre foi uma onda de cores, significados e sutilezas incapazes de ser transmitidas pela fala. 
 Acredito que a labuta do poeta se dá no silêncio, quando o resto do mundo não para de falar. Somente com a ausência de som nos tornamos capazes de enchergar, aquilo que dentro, nos é tão grande e incompreensível. Aquilo que de dentro nos quer escapar para o papel e se fazer ouvir. 
 É a alma, é a necessidade, é a elaboração das palavras- em minha opinião isso é o que faz o poeta. 
 Já o escritor é aquele que brinca com ideias e mundos, com fantasias e personagens. É um inventor genial das coisas que ele jamais verá na realidade. É aquele que da fôlego ao que não existe e que lhe dá esperança de ganhar forma no papel.
 O escritor é um criador para si mesmo. É a esperança dos grandes ideais e virtudes tão esquecidos na atualidade, neste mundo que as vezes sangra imerso na futilidade.