Desde pequena eu escrevo, sempre gostei de ter papel e caneta por perto. Comecei com diários, onde preenchia páginas e mais páginas sobre meus dias, até que chegou um momento em que a realidade deixou de ser suficiente. Então surgiram as pequenas histórias que, quase sempre, ficavam inacabadas, como se eu tivesse medo de descobrir onde elas realmente queriam me levar.
Na adolescência, uma amiga passou a dividir esse vício comigo. Mantínhamos um caderno, onde uma escrevia um capítulo, a outra continuava. Intercalávamos a autoria dos capítulos, sem planejamento, sem avisos e, às vezes, até sem lógica.
O resultado era uma coleção de histórias completamente imprevisíveis, confesso que algumas me pareciam geniais, mas a maioria eram caóticas demais até para nós. Mesmos assim, era mágico. A sensação de criar, mesmo sem a pretensão de mostrar ao mundo.
Com o tempo, esse brilho foi sendo engolido pelas responsabilidades da vida adulta, que sempre exige urgência e empurra os sonhos para depois.
Mas o brilho não se apagou totalmente.
Agora ele voltou.
Mais forte, mais consciente, mais teimoso
- JoinedDecember 5, 2025
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