tu, que por entre os lábios carmesim transborda luxúria e melancolia;
tu, que pelas preces imaculadas desce à terra dos ninguéns;
tu, que pelos olhos transpassa o caos divino do universo;
tu, que trouxe ao meu coração a fatalidade de sentir uma última vez.
tu, Lana, a quem possui mescla de selvageria e calmaria
a quem não entrego a doce e amarga ilusão
de que amar-te é sobre estar em eterna solidão;
sobre reconhecer que em cada vida
abriga um mar capaz de te afogar em brisas leves de canela e verão.