Não mais ouvi, não mais obedeci, não mais segui.
Me treinou, me coordenou, me explorou.
Por mais óbvio e obcecado que poderia ser
Com a vírgula desvinculada e o ponto posicionado
Assim vivi, assim senti, assim revi.
Me defender de suas vestimentas com tato de plumas brancas
Que recobrem as intenções manipuladoras abaixo do capuz torneado
Nunca enxerguemos o mal em sua face
Apenas o que é puro, é translúcido.
Eles estarão expostos excepcionalmente em telas abstratas
Em um museu antigo na av. XXII.
Nele, encontrei indícios que me incentivaram
E um índice gradualmente alto de provas, presentes no gráfico enigmático em mim
De que esse início é sempre inconfundível
E que incontrolavelmente, sempre irão haver inícios.
Cada passo, cada toque; me guiava para lá, me enviava até lá.
Eu sempre acordava lá.
- “O que anda acontecendo?
- Acho que ela não consegue mais.
- Consegue o que?
- Estar.”
Não tem nada que não se saiba. Duvidei.
O tom cinza que se ergue à mim não se depara com variedades de tons.
Eu achei que não o veria nunca mais; mas, todavia, reparem só:
“Não comigo” “talvez não” “nada” “nunca” - são sentenças que não existem no ar que pairo.
Cada passo, cada toque; me guiava para lá, me enviava até lá.
Eu sempre acordava lá.