O coração popular de... talvez uma preocupação sorrateira?

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Jimin

Depois que deixei o Jungkook na casa dele eu voltei pra minha. Como eu não estava afim de me encontrar com os meus pais, eu subi pro meu quarto, tranquei-me e coloquei um fone em volume máximo na intenção de ignorar caso alguns deles me chamassem.

Minha cabeça latejava um pouco, e era torturante escutar música com a cabeça doendo, mas é pior ainda escutar conversas desnecessárias e inúteis dos meus pais. Até que toca uma música um pouco lenta, que eu nem sei o nome ou nem lembro, e algumas lembranças do dia de hoje vem a mente, principalmente uma em particular. O momento do beijo. A forma vulnerável que o garoto de olhos castanhos embargando a tristeza estava, o  sentimento de proteção que tiverá quando limpava as lágrimas que escorregava pela bochecha. Ah... que sentimento é aquele? Nem sabia que poderia se sentir assim ao ver alguém tão frágil.

Logo me levantei da cama, indo até o Notebook. Estava descarregado, então o conectei na tomada e esperei ligar. Abri logo na página de pesquisa, e a primeira coisa que coloquei foi sobre depressão e estresse pós-traumático.

Fiquei por volta de uma hora lendo sobre o assunto em um site que parecia ser confiável. Eu estava tão em foque sobre aquilo, que nem escutei a porta ser aberta e a empregada se aproximar. Só dei conta quando ela se pronúnciou:

Xxx: Licença, senhor Park. Seus pais me pediram pra avisar que a janta já está pronta e eles estão exigindo que desça agora.- bufei de costas para a mulher, fechei a tela do aparelho e sem o menor  ânimo, eu desço até a sala de estar, me sentando o mais longe deles possível. E meu pai, rígido como sempre, ainda mais depois daquele jantar com os acionistas, pronunciou ainda sério. É, ele não vai me perdoar tão cedo...

Park Jihoon: Olha só... ele obedece. Estou até surpreso com isso.

Jimin: Pois é. Um inútil tem lá suas utilidades, não é papi querido?.- falei revirando os olhos, todo debochado, atiçando uma veia na testa do velho que se segurava pra não surtar e passar a imagem de uma pessoa "vulgar", prestativo como sempre.

Park Jihoon: Se você tivesse o empenho de obedecer como tem para com os deboche, você não seria um filho tão ruim. Ouso em dizer que até seria o melhor filho pra mim.

Jimin: Neh, to de boa assim. Ser você é um saco, ser uma coibaia de você, é pior ainda. Então não enche velho. Só quero jantar com o tão conhecido senhor invisível. Ele é até mais interessante que você.

Park Jihoon: Rebelde como sempre... me pergunto até onde vai essa rebeldia sem a sua mesada?.- falou levando um colher de comida a boca, sendo superior em provocação. Eu regalei os olhos e bati a colher no prato, reclamando e caindo na provocação. É, não tenho sangue de barata.

Jimin: O que? O senhor não pode fazer isso!

Park Jihoon: Por que não? Se me lembro bem... foi você quem disse que não queria meu dinheiro sujo, então por que eu tenho que da-lo? Pela primeira vez vou fazer o que você quer, realizarei o seu pedido. Deveria estar mais feliz. Finalmente conseguiu algo que quer.- O olhei com fúria, mágoa... o quão infantil o pai pode ser? Ele só ta querendo passar a imagem de superior como o grande nacizista que ele é.- E além do mais, apartir de hoje, você faz sua comida e se sirva. Não é pra ninguém fazer suas ordens e claro, terá que ir a pé a escola. Espero que não te incomode ir andando para ela né? Além do mais, seu cartão de credito já foi cancelado. Então... acho que não tem problema.- O olhei com raiva. O quão babaca e infantil o meu pai consegue ser? Mas se é guerra que ele quer, então, é guerra que ele vai ter! Eu não sou alguém que abaixa a cabeça sem lutar, e eu não vou perder.

O coração de um popularOnde histórias criam vida. Descubra agora