A Intercambista - Shivley Maliwal.

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Pov's Bailey:

Logo após aquela breve discussão onde eu discuti sozinho, fui até o sofá e me acomodei colocando também um programa qualquer na TV.

Shivani então se manteu calada até receber a ligação de Sofya e provavelmente Hina também, só escutei um "Preciso falar com vocês em Hindi" de Shiv. Logo depois escutei uma tagarelação insuportável!

As meninas pareciam animadas já a morena parecia chorar e estava com a voz triste. Confesso que fiquei curioso, odeio ficar longe dela, principalmente em momentos que eu sei que ela não está bem.

Agora já se beira as duas da manhã, e eu já estaria dormindo se não estivesse escutando o choro abafado de Shivani.

O orgulho dizia "fica", mas o coração dizia "vai".

Então eu levantei, passei as mãos pelo rosto, respirei e subi os pequenos degraus novamente.

Lá estava ela, chorando como um bebê com fome, sentada no canto da parece com os braços sobre as pernas.
Me aproximei e sentei ao seu lado à puxando para um abraço, e aí ela chorou ainda mais.

Eu passava minha mão por seu cabelo, enquanto ela deixava as lágrimas molharem meu peito. Eu realmente queria saber o que estava acontecendo...

- Deu... positivo! - Falava entre soluços, assim que se acalmou.

- Ham? - não estava entendendo nada.

- O teste Bailey... Deu positivo!

Ok, raciocinei e percebi do que ela falava. Por um momento travei quando eu falei sobre filhos eu estava brincando e achava completamente impossível aquilo acontecer.

Somos jovens, eu tenho meus 20 anos e Shiv faz seus 19 amanhã, ela começa sua vida agora com a DL e uma criança agora só vai atrasar seu sonho e essa oportunidade única.

- Eu... Eu não sei o que falar. - confessei.

- Eu não entendo como isso aconteceu, sempre nos previnimos. - pós as mãos no rosto.

- Como descobriu?

- quando sai. Eu me senti muito mal e uma moça, Melanie, me ajudou e me acolheu em sua casa. - explicou com a voz embargada - e ela me convenceu a fazer o teste. - se esquivou e engatinhou até sua bolsa. - Toma. - tirou o pequeno teste azul da bolsa.

- Aí meu Deus! - olhei o resultado - Puta merda nós vamos realmente ter um bebê.

- Vamos? - perguntou me deixando com um pé atrás de sua decisão.

- Shivani, o que você quer fazer? - me assustei.

- Eu não posso ter uma criança agora Bailey...

- Espera, você quer... - tentei falar, mas ela me cortou.

- Sim, quero!

Ela tem todo o direito de decidi isso, aliás é o corpo dela a vida dela, mas e eu? Não teria direito de opinar nisso?

Respirei fundo, eu não queria discutir agora.

- Vem, vamos dormir e pensar melhor. - peguei sua mão para nós arrumarmos na cama.

- Você quer? - olhei pra ela com dúvida- ter esse serzinho?

- Sim, eu queria. - confessei - mas a decisão é sua...

Então Shiv se arrumou sobre a cama, mas dessa vez ela não deitou em meu peito como sempre fazia, apenas apoiou o travesseiro na parede e dormiu encolhidinha.

"Realmente não estamos preparados para um bebê, mas poderíamos tentar" pensei antes que o sono me conduzisse por inteiro.

...

O dia logo amanheceu e a luz clara do sol adentrou ao pequeno chalé. Decidi que era melhor não irmos embora hoje, vamos tentar pensar mais e deixar a viagem acabar como o combinado.

- Não era pra ser desse jeito. - Shiv comentou como se lesse minha mente - essa viagem era pra ser linda.

- Nem tudo é como planejamos. - mexi na xícara de café.

- me desculpa por estragar tudo. - Falou novamente e eu continuei mexendo na xícara.

- Você não tem culpa. - respondi ainda sem olha-la.

Ficou um silêncio constrangedor, eu ainda estava chateado e me permiti senti isso pelo menos uma vez nesse relacionamento.

- Eu não quero contar pra ninguém... - inicou - apenas Sofya e Hina sabem.

- como pretende esconder isso shivani? - larguei a xícara e lhe encarei.

- Eu não irei ter barriga alguma por conta de meu corpo e...

- Meu Deus, você tem noção das coisas que está falando? - lhe cortei antes de ouvi mais absurdos.

Shivani ficou sem responder por segundo, apenas me fitando e talvez tenha percebido as merdas que estava falando.

- Minha mãe, ela vai me matar quando souber disso. - cobriu o rosto com as mãos - me perdoa eu não queria falar essas coisas...

- Tá tudo bem, nós iremos cuidar disso. - abracei minha pequena.

Guiando minha garota até o sofá, nos acomodei, e coloquei algum filme na TV. Ela tava frágil sem saber o que pensar ou agir, então decidi respeitar seu tempo.

- Eu trouxe alguns jogos, quer jogar? - perguntou assim que o filme acabou.

- Hum... sério? - Eu tava quase dormindo.

Pela noite mal dormida e acordamos bem cedo hoje, o que resultou em um sono possessivo da minha parte.

- Sério. - me puxou pela mão me tirando do conforto do sofá.

Shivani buscou os jogos que trouxe e a mesma escolheu o tal uno. Ficamos um tempo agradável jogando, já havia se passado três partidas e nas três eu havia ganho mesmo com um sono absurdo.

Ela me analisava dos pés a cabeça e me fazia levantar e sacudir os bolsos pra ver se não tinha nenhuma carta escondida.

- Você tá roubando! - Me culpou mais uma vez. - eu sou a melhor nesse jogo, como não ganhei nenhuma?!

- Não é mais. Estou roubando seu título! - psique e joguei um beijo no ar.

- Nosso filho não vai gostar de saber que o pai é um ladrãozinho. - Falou da forma mais natural possível.

O que me fez sorrir, ela estava aceitando que iríamos cuidar de um serzinho e isso foi a largada para que eu a puxasse para um beijo entre sorrisos de ambos os lados.

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Baby, baby, baby Ohhhh!👼

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